Transparência Internacional refuta “assédio judicial” da J&F
A ONG Transparência Internacional refutou nesta sexta-feira, 22, o que chamou de "assédio judicial" da J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista (foto), no recurso julgado pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a multa de 10,3 bilhões de reais da empresa...
A ONG Transparência Internacional refutou nesta sexta-feira, 22, o que chamou de “assédio judicial” da J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista (foto), no recurso julgado pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a multa de 10,3 bilhões de reais da empresa.
Em nota, a organização afirmou que a J&F, representada pela esposa de Dias Toffoli, Roberta Rangel, usa a disseminação de informações erradas sobre a ONG para escapar de sanções criminais e administrativas por grandes esquemas de corrupção sobre os quais confessou tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
“A atual conduta da J&F no Brasil revela como a impunidade pode favorecer o comportamento ilícito de uma empresa, especialmente uma com a história de grande corrupção e graves crimes ambientais na Amazônia. A recente suspensão das sanções contra a J&F no Brasil, uma decisão baseada em falsas alegações e tomada por um juiz do mais alto tribunal do país, é profundamente preocupante. Isso levanta preocupações de que o comportamento desonesto da J&F e de sua principal empresa, a JBS, persistirá afetando os direitos das pessoas e o meio ambiente no Brasil e no mundo”, disse o diretor da Transparência Internacional, François Valérian.
“As autoridades brasileiras e internacionais, os investidores e a sociedade civil devem tomar medidas decisivas para evitar isso. A Transparência Internacional não será intimidada e continuará firmemente comprometida com o combate à corrupção no Brasil e no mundo”, acrescentou.
Suspensão da multa bilionária da J&F
Na quarta, 20, Dias Toffoli suspendeu a multa de 10,3 bilhões de reais que a empresa dos irmãos Wesley e Joesley Batista aceitou pagar em acordo de leniência com o Ministério Público Federal.
No despacho, Toffoli concedeu à J&F acesso à íntegra das mensagens apreendidas pela Polícia Federal na operação Spoofing, que trata do vazamento de conversas entre integrantes da Lava Jato.
A companhia dos irmãos sustentou que a Lava Jato agiu “em conluio com a Transparência Internacional” para forçar sua venda de ativos.
O eixo Lula-Joesley-Lewandowski-Toffoli
Enquanto o atual consultor dos irmãos Batista, Ricardo Lewandowski, é cogitado para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Lula facilitou a vida dos clientes do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, aceitando que o consumidor brasileiro pague de 900 reais a 1.080 reais pelo MWh (megawatt-hora) pela energia elétrica que será importada pela Âmbar, braço de energia da J&F Investimentos, da Venezuela.
Documentos revelados na terça-feira, 19, mostram que a Âmbar Energia negociava a compra de energia da Venezuela desde março. O governo brasileiro, no entanto, só mencionou a intenção de comprar energia do país vizinho em maio.
Agora, a empresa de Wesley e Joesley Batista, representada por Lewandowski, é beneficiada também por uma decisão de Dias Toffoli, indicado por Lula.
De volta para o passado
A matéria de capa da nova edição de Crusoé mostra como Lula, Joesley Batista e Dias Toffoli protagonizam a reprise dos piores vícios das gestões petistas
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