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Augusto de Franco na Crusoé: O verdadeiro golpe de Bolsonaro começou em 2019

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2 minutos de leitura 16.02.2024 15:40 comentários
Opinião

Augusto de Franco na Crusoé: O verdadeiro golpe de Bolsonaro começou em 2019

Na terceira onda de autocratização em que estamos imersos (no século 21), a erosão democrática de governos em todo o mundo é predominante

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Augusto de Franco na Crusoé: O verdadeiro golpe de Bolsonaro começou em 2019
Foto: Alan Santos/PR

As quatro maneiras conhecidas de matar a democracia são: a) a invasão estrangeira (por uma força autocrática beligerante de ocupação); b) o golpe militar ou policial-militar; c) o autogolpe; e d) a erosão democrática.

Na terceira onda de autocratização em que estamos imersos (no século 21), a erosão é predominante. Segundo levantamento dos especialistas do V-Dem (Universidade de Gotemburgo), em valores aproximados, entre 1900 e 1993, os golpes militares representavam 40% dos episódios de autocratização, a invasão estrangeira 30% e o autogolpe os outros 30%. Entre 1994 e 2017, a proporção de golpe militar caiu para 30%, a invasão estrangeira e o autogolpe praticamente desapareceram, surgindo no seu lugar, com 70% dos casos, a erosão democrática.

É o que está acontecendo com o regime político brasileiro, parasitado por dois populismos: o neopopulismo lulopetista e o populismo-autoritário bolsonarista. Há, entretanto, uma singularidade no caso do bolsonarismo. Embora tenham contribuído, de fato, para erodir nossa democracia, Bolsonaro e seus sequazes queriam dar um golpe à moda antiga.

Tramava-se um golpe de Estado com tropas militares no governo Bolsonaro (ainda perdido em algum lugar do século 20). Essa articulação ou armação nunca chegou às vias de fato. Não houve movimentação de tropas, nem ações preparatórias para uma quartelada por parte dos oficiais militares que comandam tropas.

Se considerarmos a trama, a armação, o planejamento, como uma tentativa, foi, sim, tentativa de golpe. Mas, a rigor, não foi uma tentativa que, colocada em prática, fracassou. Ela não chegou a trocar forças e nem mesmo a medir forças com as forças do Estado de direito. Foi uma tentativa que não contava com força político-militar suficiente para sair do planejamento para a ação.

Assim, durante o governo Bolsonaro não houve golpe de Estado, mas o país foi colocado em uma espécie de estado de golpe.

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