Rogério Marinho depõe ao STF em ação sobre trama golpista
Senador e ex-ministro foi indicado pelas defesas de Jair Bolsonaro e Anderson Torres; depoimento encerra fase de oitivas

O líder da oposição no Senado e ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL-RN), vai prestar depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira, 2, na ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado no Brasil articulada entre 2022 e 2023.
O parlamentar foi indicado para depor como testemunha pelas defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres.
O depoimento de Marinho encerra a fase de oitivas de depoentes de defesa e acusação em relação aos réus do “núcleo 1” da tentativa de golpe, chamado também de “núcleo crucial“.
Entre os réus, além de Bolsonaro e Torres, estão o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ); o almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel e o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid; o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira; e o general da reserva e ex-ministro-chefe da Casa Civil Walter Braga Netto.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo teve papel central na tentativa de golpe. A denúncia contra eles foi aceita pela Primeira Turma do Supremo no último mês de março.
Os oito respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Porém, no caso de Ramagem, está suspensa até o fim do mandato a investigação em relação aos dois últimos crimes.
Na última sexta-feira, 30, o STF ouviu três pessoas indicadas pela defesa de Bolsonaro na ação penal. A audiência foi conduzida pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes. Falaram à Corte o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, o ex-subchefe de assuntos jurídicos da Presidência da República Renato de Lima França e o ex-secretário-executivo da Casa Civil Jonathas Assunção Salvador Nery. Os advogados dos réus do núcleo 1 e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, participaram dos interrogatórios.
Nessa fase de oitivas, no total, foram ouvidas 51 testemunhas e recebidas duas declarações escritas, até o momento. Houve ainda desistência em relação a 28 pessoas inicialmente indicadas. Por enquanto, as oitivas referentes aos núcleos 2, 3 e 4 não possuem data marcada.
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