A guerra digital em torno de Michelle Bolsonaro A guerra digital em torno de Michelle Bolsonaro
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A guerra digital em torno de Michelle Bolsonaro

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Madeleine Lacsko
3 minutos de leitura 12.01.2024 17:58 comentários
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A guerra digital em torno de Michelle Bolsonaro

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A guerra digital em torno de Michelle Bolsonaro
Arte: O Antagonista

Hoje, as redes sociais amanheceram inundadas por um vídeo em que uma sindicalista fala em destruir Michelle Bolsonaro. “Ela é uma carta-chave. E, se a gente não arrumar um jeito de destruir ela politicamente, e quiçá de outras formas, jurídica, por exemplo, comprovando os crimes e tornando ela também inelegível, nós vamos arrumar um problema para a cabeça”, disse Elenira Vilela.

Ela é coordenadora do Sinasefe, Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica. Várias pessoas faziam parte da live e um deles era José Genoíno, presidente do PT.

Um dado interessante é que essa live foi feita no dia 22 de dezembro do ano passado mas o corte só viralizou hoje. Coincidentemente, bem quando começava a ganhar corpo o noticiário sobre uma influencer petista atacada e ameaçada por seguidores de Michelle Bolsonaro.

No dia 4 de janeiro, a ex-primeira-dama publicou um print de um Tweet de Karina Santos, influencer petista, com a legenda: “Terrivelmente petista. Como uma boa comunista-caviar, ama um dinheirinho?”.

Karina Santos começou a receber ataques em massa e ameaças de morte. Foi à polícia de Pernambuco que anteontem instaurou um inquérito para apurar a situação. Ela publicou um vídeo contendo prints das mensagens que recebeu e postou a seguinte legenda: “Já dizia mainha: quem tem c* tem medo! A Polícia Civil instaurou inquérito e já identificou quase todas as pessoas que me detrataram. Algumas pessoas já vieram pedir arrego, e eu tenho um recado: segurem o BO de vocês!”.

Quando isso chega à imprensa, coincidentemente, viraliza o vídeo sobre destuir Michelle Bolsonaro politicamente e “quiçá de outras formas”.

A prosseguir com a estratégia de agressividade, a esquerda caminha para eleger Michelle Bolsonaro presidente da República. Isso já foi feito quando Jair Bolsonaro começou a ficar em evidência pela rivalidade com Jean Wyllys e a presença em programas como Superpop e CQC.

Ele sempre fazia declarações à la Bolsonaro. A resposta, no entanto, era vista por muitos como desproporcional. Houve casos em que militantes cercaram e vandalizaram o carro do então parlamentar, nos idos de 2015. A mais icônica foi o cuspe de Jean Wyllys na votação do impeachment de Dilma Rousseff. O ex-presidente assume a condição de vítima, apesar das declarações agressivas.

A imagem do perseguido pelo mundo é muito poderosa no universo cristão. “Se o mundo os odeia, tenham em mente que antes ele odiou a mim. Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia”, diz o Evangelho de João, em seu capítulo 15.

Michelle Bolsonaro é muito mais ligada ao universo evangélico que o marido. Além disso, tem um comportamento que aparenta moderação, bem diferente do marido. As reações contrárias a ela, nesse contexto, tendem a ser muito mais facilmente vistas como desproporcionais e, portanto, persecutórias.

A ex-primeira-dama agora é um agente político, presidente do PL mulher e cotada para uma candidatura à vaga de Sergio Moro no Senado. Muita gente dá como favas contadas que haverá uma cassação e novas eleições.

A esquerda repete com Michelle Bolsonaro as ações de enfrentamento contra Jair Bolsonaro. Ele se tornou presidente da República. Resta saber se, pela primeira vez na história da humanidade, fazer a mesma coisa terá resultados diferentes.

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