A justiça de Campo Grande, na tarde desta quinta-feira (1º), deteve uma mãe e padrasto acusados ​​de tentar matar seu filho de 2 anos. O estado de saúde da criança é grave e está sob cuidados intensivos na Santa Casa de Campo Grande após ter sofrido traumatismo craniano. De acordo com as acusações oficiais, o casal enfrenta indiciamento por “homicídio qualificado na forma tentada”.

Fatos suspeitos levam a investigação policial

As circunstâncias do incidente vieram à tona quando a turma do hospital que cuidava da criança contatou a polícia devido à grave ferimentos sofridos pelo garoto em 23 de janeiro deste ano. A hipótese inicial levantada pela mãe, explicando que o menino havia se acidentado enquanto brincava em casa com sua irmã de 4 anos, levantou suspeitas. A mulher de 19 anos e o padrasto alegavam que a criança tinha caído de uma escada, tentando justificar a causa das lesões agressivas.

Fugindo da Verdade: Mentiras do Casal Desmascaradas

No entanto, as autoridades da Delegacia Especializada na Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) do município desconfiaram do relato da jovem mãe. As autoridades foram alertadas para apurar a situação pela gravidade das lesões no menino, que eram extensivas a órgãos vitais da criança. A delegada Nelly Macedo aponta que o casal tentou manipular as investigações, primeiramente, mentindo sobre o local onde ocorreu o acidente. Eles tentaram convencer a equipe do SAMU de que o trauma na criança foi resultado de um acidente em via pública.

A Casa da Verdade

Investigações posteriores revelaram que a família vivia em situação de rua antes de invadirem a casa onde ocorreu o incidente. Além disso, as lesões detalhadas no corpo da criança sugeriam agressão física intensa, e não somente uma queda como o casal insistia. As evidências conduzem à conclusão clara de que a mãe e padrasto são responsáveis ​​pelas lesões da criança. “Ambos estavam com a criança e esta não se lesionou acidentalmente. Os fatos evidenciam que o menino foi vítima de tentativa de homicídio”, segundo a delegada.

A investigação em andamento

A polícia aguarda os resultados dos laudos periciais capazes de fornecer mais detalhes na reconstrução dos eventos. Outra menina de 4 anos, também filha da mulher, foi colocada sob os cuidados de uma casa de acolhimento até o final da investigação. Os procedimentos contínuos visam esclarecer a sequência exata dos eventos que levaram ao estado crítico do menino.