Após crise, Wellington Dias suspende convênios das ‘quentinhas invisíveis’
A suspensão será válida até a conclusão da investigação aberta pelo governo federal em relação às quentinhas. Estão sob escrutínio quatro convênios

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, suspendeu nesta quinta-feira, 13, os termos de colaboração com quatro Organizações Não Governamentais (ONGs) contratadas pelo programa Cozinha Solidária e que não entregavam as quentinhas contratadas pelo governo federal.
A suspensão será válida até a conclusão da investigação aberta pelo governo federal em relação às quentinhas. Estão sob escrutínio quatro convênios, no valor de 11,4 milhões de reais em São Paulo, Goiás, Pernambuco e Bahia.
“O MDS reitera que, constatada qualquer irregularidade quanto ao cumprimento do objeto pactuado e quanto à boa e regular utilização dos recursos públicos, as devidas medidas saneadoras serão adotadas, o que pode incluir glosa e pedido de devolução de recursos à União, bem como inabilitação das cozinhas junto ao programa”, afirmou a pasta em nota oficial.
Como mostramos, deputados de oposição ao governo Lula apresentaram nove requerimentos com pedidos de informação ao ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, para obter mais informações sobre o programa Cozinha Solidária e a atuação da ONG Movimento Organizado para Vencer, Educar e Realizar (MOVER).
O estopim do esquema das quentinhas invisíveis foi a revelação, pelo jornal O Globo, de um contrato com a ONG Movimento Organizacional Vencer, Educar e Realizar, no valor de 5,6 milhões de reais, com o Ministério do Desenvolvimento Social para distribuir quentinhas a pessoas em vulnerabilidade social. Contudo, não há sinais de produção e distribuição de alimentos nos endereços informados ao governo federal das entidades contratadas pela organização para fazer o serviço.
Sediada em São Paulo, a Mover Helipa é comandada por José Renato Varjão, ex-assessor do deputado federal Nilto Tatto (PT-SP).
Segundo o jornal, a ONG subcontratou, no âmbito do programa Cozinha Solidária do governo Lula, uma série de entidades pertencentes a atuais ou ex-integrantes de gabinetes petistas, como a Cozinha Solidária Madre Teresa de Calcutá, do bairro Jardim Varginha, na zona sul da capital paulista, para produzir e distribuir quentinhas a moradores de rua.
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Comentários (1)
Denise Pereira da Silva
14.02.2025 15:58As quentinhas são frias. Mas garanto que as costas do ministro são bem quentinhas.