Os planos de Pochmann para mudar as estatísticas do IBGE Os planos de Pochmann para mudar as estatísticas do IBGE
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Os planos de Pochmann para mudar as estatísticas do IBGE

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Rodrigo Oliveira
3 minutos de leitura 02.02.2024 11:47 comentários
Análise

Os planos de Pochmann para mudar as estatísticas do IBGE

Presidente do Instituto defende que é preciso atualizar métodos e para que reflitam melhor o verdadeiro PIB nacional

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Rodrigo Oliveira
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Os planos de Pochmann para mudar as estatísticas do IBGE
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O controverso presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Marcio Pochmann, voltou a falar sobre as mudanças que pretende implementar no órgão para modernizar a forma como as estatísticas do instituto enxergam a realidade atual.

Em entrevista à Bloomberg News, o economista que se autointitula como o único presidente do IBGE com “vinculação ao trabalho“, sejá lá o que isso significa, afirma que os métodos atuais não levam em consideração os números da economia digital.

Tem um outro mundo nascendo e para o qual as estatísticas têm dificuldade de capturar essas informações, seja de ocupação, seja de renda, seja de valor agregado”, apontou Pochmann na entrevista.

Economia digital

O antenado líder do instituto teria indicado que a possível dificuldade em se enxergar os efeitos da economia digital “torna as medidas tradicionais do PIB menos precisas“, afirma o texto da agência.

Contumaz colecionador de polêmicas, no ano passado, Pochmann defendeu os métodos estatísticos chineses para avaliar a economia dos influenciadores. De acordo com o presidente do IBGE, “eles (os chineses) têm feito um esforço muito grande em relação entender melhor o que é o processo de digitalização“, explica.

Ele também esclareceu que não está preocupado com a política do gigante asiático de descontinuar a publicização de dados econômicos quando desagradam o governo, com ocorreu recentemente com os números relativos ao desemprego juvenil.

Na entrevista, Pochmann também reclama das críticas recebidas e acusações de possível dano à credibilidade e do Instituto em função da passagem conturbada pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). “Entendo que é uma situação de mídia fair, de destruição de personalidades, porque na verdade nunca me deram a oportunidade de me explicar”, diz o economista, provavelmente esquecendo que o perfil nas mídias sociais, por exemplo, aceitaria sem restrições as possíveis explicações.

Erro

O presidente do IBGE também comentou na entrevista sobre o erro na divulgação dos números do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), que ficou disponível durante alguns minutos no sistema de dados da instituição uma hora antes do usual.

De acordo com a Bloomberg News, Pochmann confirmou uma investigação sobre o assunto e afirmou que “descobertas iniciais (…) mostram que o computador programado para publicar os dados estava configurado o para horário de verão“, diz o texto.

A publicação também lembra que o Brasil eliminou o horário de verão, em 2019, mas infelizmente não questiona o economista sobre como o computador teria cometido o erro apenas quatro anos depois.

De resto, fica o conforto de que o grande feito de Pochmann à frente do IBGE, até o momento, seja o de atualizar os termos “aglomerados urbanos” ou “‘aglomerados subnormais” para “favelas e comunidades urbanas”.

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Rodrigo Oliveira

Jornalista pela UnB (Universidade de Brasília), pós-graduado em Marketing &amp; Mídias Digitais pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e especializado em finanças e negócios. É Analista de Valores Mobiliários (CNPI) certificado pela Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) com quatro anos de experiência profissional no mercado financeiro.

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