Números do Ipec não fazem sentido
Mais que os 48% de intenções de voto de Lula na pesquisa estimulada do Ipec, chamou a atenção o número encontrado na espontânea: 40%. Normalmente, este índice gira em torno de 50% a 60% da taxa dos cenários estimulados. Jair Bolsonaro, segundo o mesmo instituto, teria 20% na espontânea e 21% na estimulada. Ou seja, o mesmo índice...
Mais que os 48% de intenções de voto de Lula na pesquisa estimulada do Ipec, chamou atenção o número encontrado na espontânea: 40%. Normalmente, este índice gira em torno de 50% a 60% da taxa dos cenários estimulados. Jair Bolsonaro, segundo o mesmo instituto, teria 20% na espontânea e 21% na estimulada. Ou seja, o mesmo índice.
Quem está acostumado a fazer pesquisa estranhou, pois a 10 meses para o pleito é mais fácil encontrar um número alto de indecisos — normalmente, metade do eleitorado não decidiu seu voto ainda.
O levantamento do Instituto Paraná, divulgado em 22 de novembro, mostrava Lula e Bolsonaro quase empatados na pesquisa espontânea, com 19,7% e 18,4%, respectivamente. Outros 45,3% disseram não ter candidatos ou não responderam.
Esse índice de indecisos é idêntico ao encontrado pelo Instituto Ideia, que divulgou na semana passada outra pesquisa encomendada pela Exame. Nela, Lula aparece com 28% na pesquisa espontânea e um percentual entre 37% e 42% nos cenários estimulados.
Na mesma linha de raciocínio, não parece fazer sentido a taxa de rejeição de apenas 28% encontrada pelo Ipec em relação ao ex-presidiário, enquanto as pesquisas do Paraná e do Ideia cravaram rejeições de 47,4% e 40%.
Pelo Ipec, Lula já está eleito.
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