Jerônimo Teixeira na Crusoé: “A censura é o combustível do extremismo”
Anos atrás, um colega de segundo grau (atual Ensino Médio) escreveu para a publicação em que eu trabalhava, buscando meu contato. Respondi de imediato, por e-mail...
![Jerônimo Teixeira na Crusoé: “A censura é o combustível do extremismo”](https://cdn.oantagonista.com/uploads/2023/12/Manifestacao-1024x685-1.jpg)
Anos atrás, um colega de segundo grau (atual Ensino Médio) escreveu para a publicação em que eu trabalhava, buscando meu contato. Respondi de imediato, por e-mail. Fôramos amigos na adolescência, por que não haveríamos de retomar a conversa em idade adulta?
Foi um erro: o amigo que se dizia anarquista no passado agora era filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) – migrara do Estado zero para o Estado total. Seu discurso estava irremediavelmente envenenado por duas toxinas que costumam aparecer juntas no caldo do fanatismo: a ideologia e o ressentimento. Seus fracassos pessoais eram todos atribuídos a supostos inimigos políticos. Se ele se saía mal nos nossos tempos de escola, era só porque um professor reaça não ia com a sua cara. Adiante, ele se formou em Direito, mas dizia que estava impedido de advogar por causa dos “neoliberais da OAB”. Quando sua cantilena conspiratória enveredou pelo antissemitismo, encerrei o papo.
Faz alguns meses, foi a vez de um bolsonarista buscar minha amizade – no caso, amizade virtual, no Facebook. Em uma olhada rápida na timeline do sujeito, descobri que ele mantinha um canal de vídeo. Em vários posts, queixava-se do Youtube, que não lhe permitia monetizar seu programa. Também ele era um perseguido político, cuja carreira de influenciador era barrada pelos esquerdistas do Google e do Meta.
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