O porta-voz da diplomacia do Irã, Nasser Kanani, afirmou nesta segunda-feira, 15, que as chamadas nações ocidentais deveriam “agradecer pela moderação nos últimos meses”.

“Ao invés de fazer acusações contra o Irã, os países (ocidentais) deveriam culpar a si mesmos e responder à opinião pública pelas medidas que adotaram contra os crimes de guerra cometidos por Israel”, disse Kanani.

O porta-voz do governo iraniano afirmou ainda que a ação pretendia “criar um elemento de dissuasão com o objetivo de impedir a repetição das ações do regime sionista”, referindo-se a ataques israelenses no Oriente Médio.

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, alertou que qualquer resposta “temerária” de Israel ao ataque de sábado implicará uma resposta militar “decisiva e muito mais forte”.

O embaixador do Irã na ONU disse que Israel está ciente do que envolverá o próximo ataque de Teerã. Israel “sabe qual seria a nossa segunda retaliação. Eles entendem que a próxima será mais decisiva”, declarou Amir Saeid Iravani

Falando após uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir as tensões no Médio Oriente, ele descreveu a promessa de uma resposta israelense como “uma ameaça, não uma ação”.

Seus comentários foram feitos depois que o gabinete de guerra de Israel se reuniu no domingo,14 de abril, para discutir uma potencial retaliação contra o Irã.

O Irã mente quando diz que avisou sobre os ataques

O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, negou que o Irã tenha dado um aviso prévio à Grã-Bretanha antes de lançar o seu ataque a Israel.

O porta-voz de Sunak disse aos jornalistas que o primeiro-ministro rejeitou as alegações do Irã de que teria avisado os países vizinhos e os Estados Unidos com 72 horas de antecedência de que iria lançar os ataques.

Acredita-se que Catar, Turquia e Suíça tenham sido contatados por Teerã antes do ataque.

Na segunda-feira, 15, Teerã apelou às nações ocidentais para “apreciarem a contenção do Irã” e as suas supostas ações para manter o ataque a Israel “limitado”.