O segundo incidente da Boeing em uma semana
Depois de erro em assento do piloto causar uma queda brusca de altitude em um voo da Latam, um Boeing pousou no Oregon sem uma peça externa
Um Boeing 737-800 pousou no estado do Oregon, nos Estados Unidos, nesta sexta-feira, 15 de março, faltando uma peça externa.
A informação foi divulgada em comunicado pela Boeing.
Segundo a empresa, não houve feridos e não foi preciso acionar nenhum protocolo de emergência durante o voo.
O caso está sob investigação da agência do governo americano responsável por regulamentar aviação civil, a Federal Aviation Administration (FAA).
Segundo caso em uma semana
A Boeing, uma das maiores fabricantes de aeronaves dos Estados Unidos, encontra-se numa tempestade de dificuldades.
Na segunda-feira, 11, um 787 Dreamliner da Latam com rota da Austrália ao Chile despencou 152 metros durante o voo em decorrência de uma falha no assento do piloto.
Com problemas contínuos de produção, qualidade e segurança, especialistas sugerem que os problemas da Boeing podem significar tarifas aéreas mais caras e um crescimento econômico mais fraco.
O alcance dos problemas da Boeing
Com uma força de trabalho de mais de 140.000 pessoas ao redor do mundo, a Boeing gera dezenas de bilhões em receita a cada trimestre. No entanto, a produção atrasada e os problemas de qualidade são afetados diretamente por uma investigação federal em andamento que já afetou a economia norte-americana, bem como a confiança das companhias aéreas globais. Passagens mais caras podem ser apenas a ponta do iceberg.
Os desafios econômicos em meio a uma reputação danificada
A Boeing já havia reduzido a produção de seus jatos 737 Max, provocando menos voos programados conforme as companhias aéreas se preparam para possíveis problemas nas entregas.
A queda de 6,1% nas novas encomendas de bens duráveis em janeiro foi fortemente impulsionada pela redução das encomendas de jatos da Boeing.
Outra consequência dessa situação complicada é que a companhia pode ter um buraco financeiro ainda mais profundo se tiver que contratar mais mão de obra para resolver as questões de qualidade.
A consequência para os rivais e para a economia dos EUA
Com a Airbus assumindo a liderança como a maior fabricante de aeronaves do mundo, um fraco crescimento do PIB dos EUA é esperado se a demanda por aeronaves da Boeing continuar a diminuir. Ao mesmo tempo, a crescente demanda da Airbus tem todo o potencial de influenciar negativamente no saldo da balança comercial e, consequentemente, no PIB dos EUA.
Essa possível realocação de demanda por aeronaves da Boeing para a Airbus pode contribuir para efeitos negativos no setor de manufatura de aeronaves nos EUA, trazendo benefícios para o mercado europeu.
Enfrentando um período de sérias dificuldades, o futuro da Boeing permanece incerto. Com todas essas questões pendentes, fica claro que a empresa tem um caminho difícil pela frente para restaurar sua antiga estatura no mercado global de aviação.
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