“Ele está se sentindo muito humilhado”, diz mulher de Ghosn
Em entrevista a Sonia Racy, no Estadão, Carole Ghosn -- mulher do fugitivo Carlos Ghosn -- disse que o casal não tem planos de sair do Líbano...
Em entrevista a Sonia Racy, no Estadão, Carole Ghosn — mulher do fugitivo Carlos Ghosn — disse que o casal não tem planos de sair do Líbano.
“Estamos planejando ficar em Beirute. Tenho mandato de prisão emitido pelo Japão. Mas não há extradição entre Japão e Líbano”, afirmou Carole. “Estamos todos aliviados, vivemos nove meses de total pesadelo. Agora estamos voltando à vida de novo.”
Perguntada como se sentia fora do Japão, ela respondeu:
“Exultante. É um milagre, achei que não seria possível. Estava em Nova York, viajei de volta a Tóquio para passar o Natal e só consegui falar com o Carlos no dia 24 de dezembro, durante uma hora, e ainda assim na presença de advogado. Foi meu presente de Natal e foi também a última vez que falei com ele. Por noves meses, só conversamos duas vezes. A Justiça japonesa sequer me deixou passar o dia de Natal com ele na nossa casa.”
Ela disse ainda:
“Quando os procuradores [japoneses] foram em casa prendê-lo, nos trataram ambos de forma muito humilhante. O sistema deles é feito para quebrar pessoas. E deixar uma pessoa quebrada não é fazer justiça. Só queria dizer mais uma coisa. Quando as pessoas dizem que Carlos fugiu, ele não fugiu da justiça, ele fugiu da injustiça japonesa. Infelizmente, o Japão tem esse lado negro, assim como a União Soviética tinha e a Coreia do Norte tem. Mas as pessoas não sabem nada a respeito. Agora, com a história do Carlos, as pessoas pensarão duas vezes antes de aceitar emprego no Japão, pois o que aconteceu com Carlos pode acontecer a qualquer um.”
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