Crusoé: O que está em disputa nas eleições na África do Sul
De acordo com as pesquisas, o partido de Nelson Mandela, o CNA, deve perder o controle da maioria da Assembleia Nacional
A África do Sul realiza eleições parlamentares nesta quarta-feira, 29 de maio. Serão eleitos todos os 400 congressistas da Assembleia Nacional, a Câmara dos Deputados sul-africana.
Este pleito é importante por dois fatores.
Primeiro, é a Assembleia Nacional que, em até 14 dias da eleição, deverá começar seus trabalhos para eleger o próximo presidente da África do Sul. No país, o presidente é eleito pelo parlamento como se fosse um primeiro-ministro.
O segundo motivo para a relevância destas eleições é que, de acordo com as pesquisas, o partido de Nelson Mandela, o Congresso Nacional Africano (CNA), deve perder o controle da maioria da Assembleia Nacional.
O partido domina a política sul-africana desde o fim do apartheid, regime que, por décadas, excluiu a população negra da vida política e social.
As pesquisas apontam que o CNA deva continuar como o maior partido na Assembleia, mas, abaixo dos 200 assentos, deverá formar coalizão com outros partidos para manter-se no poder.
O atual presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa (foto), tenta se eleger a um segundo mandato de cinco anos, o último permitido pela legislação.
Além do CNA, partidos como a Aliança Democrática e os Combatentes pela Liberdade Econômica estão tentando consolidar suas posições e, possivelmente, formar um novo governo.
Presidente da África do Sul entoa canto antissemita
O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, liderou um comício com o canto antissemita “do rio ao mar, a Palestina será livre”. O ato provocou indignação na comunidade judaica sul-africana, que condenou o discurso que é um apelo à eliminação literal do Estado de Israel.
Durante um comício em Soweto, no último fim de semana, Cyril Ramaphosa liderou a multidão em um canto que tem origem na Carta do Hamas e é amplamente reconhecido como um apelo à destruição de Israel. O slogan “do rio ao mar, a Palestina será livre” é explícita e inequivocamente antissemita, pois preconiza a eliminação do Estado de Israel, situado entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo.
Ramaphosa…
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