O que Joesley Batista tem para discutir com Gabriel Galípolo?
Eles irão se reunir na sede do Banco Central nesta quinta-feira, 1º, em pleno feriado do Dia do Trabalhador

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, irá se reunir nesta quinta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador, com o empresário Joesley Batista (foto), acionista da J&F Investimentos.
O encontro, que acontece em pleno feriado, consta na agenda oficial do chefe da autoridade monetária.
Participarão também os diretores Ailton de Aquino Santos, de Fiscalização, e Gilneu Francisco Astolfi Vivan, de Regulação.
A audiência da diretoria do BC com Joesley Batista está marcada para começar às 15h, na sede do Banco Central, em Brasília.
O BC diz que o encontro é para “tratar de assuntos institucionais” e que será fechado à imprensa.
Mercado de olho
A reunião entre Joesley e Galípolo chamou a atenção de integrantes do mercado financeiro devido às negociações para o impasse em torno da venda do banco Master para o Banco Regional de Brasília (BRB).
Segundo a Folha de S.Paulo, Daniel Vorcaro, dono do Master, tem dito a pessoas próximas que está a procura de investidores, bancos e fundos, para vender parte ou toda a fatia de ativos remanescentes na instituição financeira.
Chamada de “bad bank” (banco ruim), por conter ativos de maior risco, como precatórios e pré-precatórios, essa fatia não foi adquirida pelo BRB.
Uma alternativa para o negócio seria a liquidação privada com a contratação de um banco liquidante e apoio do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).
A família Batista é dona dos bancos PicPay e Original.
Precatórios
Citando “pessoas a par dos números da instituição”, o Estadão publicou em 16 de abril que o Master teria pelo menos 16 bilhões de reais em precatórios e pré-precatórios, ativos considerados de mais alto risco para os bancos.
O valor é quase o dobro da cifra que consta no balanço da instituição financeira de 2024, que diz ter 158 milhões de reais em precatórios e 8,5 bilhões de reais em direitos creditórios, espécie de pré-precatório, já que não há sentença de pagamento.
“O restante desses ativos, segundo fontes envolvidas na operação de venda do banco, estaria alocado em fundos e outras empresas da holding, como os bancos Voiter e Will”, diz o jornal.
Leia também: Encrenca Master
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Comentários (1)
Marian
01.05.2025 16:42Certamente não é o futuro do país.