Virou passeio: Léo Pinheiro também quer suspender multa de acordo com Lava Jato
Toffoli suspendeu os pagamentos do acordo de leniência firmado pela antiga Odebrecht com Lava Jato no valor de 3,8 bi
O ex-presidente da OAS Léo Pinheiro foi ao STF nesta quinta-feira, 1º de fevereiro, e pediu ao ministro Dias Toffoli que também suspenda a multa aplicada a ele em seu acordo de delação premiada firmado com os integrantes da operação Lava Jato.
Como mostramos mais cedo, Toffoli suspendeu os pagamentos do acordo de leniência firmado pela Novonor, antiga Odebrecht, com a Operação Lava Jato no valor de 3,8 bilhões de reais. Toffoli era chamado por Marcelo Odebrecht, em e-mails internos, de “amigo do amigo do meu pai”, em referência à amizade do ministro com Lula, amigo de Emílio Odebrecht, o pai de Marcelo.
A empreiteira pediu a extensão dos benefícios que foram concedidos por Toffoli à J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, em dezembro de 2023, quando o magistrado suspendeu a multa de 10,3 bilhões de reais aplicada no âmbito da Operação Greenfield.
Na decisão, o ministro do STF afirmou que “a declaração de vontade no acordo de leniência deve ser produto de uma escolha com liberdade”.
Agora, Leo Pinheiro quer utilizar a “jurisprudência Toffoli” para ter benefício semelhante.
Na petição impetrada na tarde desta quinta no STF, os advogados de Léo Pinheiro também pedem acesso à íntegra do material apreendido pela operação Spoofing, que investigou o vazamento de mensagens dos procuradores da operação. Na visão da defesa de Léo Pinheiro, ele foi forçado a firmar um acordo de delação pelos então integrantes da força-tarefa.
Brasil, o paraíso da corrupção
Após a decisão que beneficiou a antiga Odebrecht, o ex-procurador da Java Jato Deltan Dallangol criticou a decisão do ministro Dias Toffoli.
“Depois de anular as provas do acordo de leniência da Odebrecht, depois de suspender a multa de 10,3 bilhões de reais do acordo da J&F, Toffoli agora suspendeu os pagamentos do acordo de 3,8 bilhões de reais da Odebrecht.
O acordo de leniência da Odebrecht foi firmado em conjunto com autoridades de 3 países: Brasil, EUA e Suíça. A Odebrecht confessou crimes em todos esses países e admitiu ter pago subornos em mais de 10 países da América Latina.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos chamou o caso Odebrecht de ‘maior caso de suborno estrangeiro da história’.
O Brasil é oficialmente o paraíso da corrupção”, escreveu o ex-deputado na rede social X, antigo Twitter.
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