O Antagonista está tentando ouvir líderes e vice-líderes do governo e congressistas mais próximos do Palácio do Planalto sobre o que levou Jair Bolsonaro a fazer uma cerimônia discreta, a portas fechadas, fora da agenda, para empossar Marcelo Queiroga no Ministério da Saúde.

“Vou perguntar [a alguém do Planalto]”, respondeu Ricardo Barros (PP), líder do governo na Câmara.

“Não estamos com restrições em Brasília? Nem a Câmara está aberta”, disse a deputada Carla Zambelli (PSL). Ponderamos que ontem o presidente participou de uma cerimônia no Palácio do Planalto para marcar a sanção do projeto de lei que classifica a visão monocular (cegueira de um dos olhos) como deficiência. “Não vi”, reagiu a deputada.

Um deputado do Centrão, pedindo reserva, se disse “surpreso” com a concretização da nomeação de Queiroga. Ontem noticiamos que o grupo político estava trabalhando silenciosamente para que o médico não assumisse e que Bolsonaro estaria informado de “rolos” envolvendo o indicado.

“Foi surpresa para mim. Bolsonaro, pelo jeito, quis assumir o risco. Não sei ainda o que aconteceu. Mas quando o Bolsonaro quer uma coisa, ele dá um jeito.”