O PDT votará pela derrubada do decreto do governo Lula que aumentou as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), caso o tema vá ao plenário da Câmara. A informação foi confirmada nesta quarta-feira, 28, pelo líder da bancada, deputado Mário Heringer (MG).

“O PDT será contra. É um despautério esse aumento. Vai elevar as dívidas das pequenas empresas, não concordamos”, afirmou Heringer à Folha. A legenda conta com 17 deputados federais.

Apesar de não ter entregado os cargos no Executivo, o partido se declarou independente na Câmara. No Senado, porém, os parlamentares da legenda afirmam que seguem na base governista.

Na terça-feira, 27, Heringer se reuniu com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e recebeu convite para voltar às reuniões da base no Planalto. Ele aceitou, mas disse que manterá a posição de independência.

A votação marcará a primeira vez em que o PDT da Câmara se posiciona contra o governo após a saída do presidente do partido, Carlos Lupi, do Ministério da Previdência. Lupi foi demitido por Lula em meio ao escândalo dos descontos indevidos sobre aposentadorias do INSS. 

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Mais de 20 projetos de decreto legislativo já foram protocolados para barrar a medida do governo, que visa aumentar a arrecadação e zerar o déficit fiscal em 2025. 

Nesta terça-feira, doze frentes parlamentares do Congresso, entre elas a da Agropecuária – também chamada de bancada ruralista -, a de Comércio e Serviços e a do Empreendedorismo, manifestaram em nota conjunta, “total inconformismo“ com o decreto do governo sobre o IOF.