Passaporte de Eduardo vira objeto de barganha em negociação pelas comissões
O receio da base petista é que Eduardo use a comissão para estreitar os laços entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o governo de Donald Trump

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, afirmou que o partido só aceitará que o PL assuma a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados (CREDN), indicando o deputado Flávio Bolsonaro (PL-SP), se ele estiver sem passaporte. A informação foi publicada pelo portal G1.
O PL já definiu como prioridade nas negociações pelo comando das comissões a indicação do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Nós fizemos esse movimento mesmo [de pedir a apreensão do passaporte de Eduardo] para evitá-lo na CREDN. Aceitamos qualquer nome, menos o dele. O dele só se for sem passaporte”, disse o líder do PT.
O receio da base petista é que Eduardo use a comissão para estreitar os laços entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o governo de Donald Trump.
A tranquilidade de Bolsonaro
As preocupações do PT vão além do ambiente na Câmara dos Deputados e dizem respeito a como o governo norte-americano pode reagir ao discurso de que Bolsonaro é um perseguido político.
Como mostramos, aliados dizem que ex-presidente Jair Bolsonaro está, realmente, tranquilo sobre a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR), que o acusa de ter tentado dar um golpe de Estado.O motivo seria a certeza de que o presidente norte-americano, Donald Trump, já está pressionando o Brasil contra a atuação do ministro Alexandre de Moraes.
Para o grupo de aliados do ex-presidente, tanto a visita do advogado Pedro Vacca, ligado à Organização dos Estados Americanos (OEA), quanto os processos das plataformas Rumble e Trump Media contra Moraes, além da aprovação em comitê do projeto de lei para barrar o ministro e outras autoridades brasileiras de entrarem nos EUA, refletem o desejo de Donald Trump sobre a relação atual com o Brasil.
Pedido secreto
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu que cogita mobilizar o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), para viablizar sua candidatura nas eleições presidenciais de 2026, segundo informação publicada pela empresa norte-americana Bloomberg.
Bolsonaro, no entanto, manteve o mistério quanto a um pedido que ele teria feito pela intervenção do presidente norte-americano sobre sua inelegibilidade.
“Eu não vou falar publicamente o que estou pedindo para o Trump, o que eu gostaria que ele fizesse”, disse em entrevista publicada pela Bloomerg.
Veja também: O pedido secreto de Bolsonaro para Trump
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