“Omissão torna justa sua exoneração”, diz Zucco sobre Lupi
Líderes da oposição e minoria na Câmara se manifestaram sobre a demissão do ministro da Previdência Social após escândalo no INSS

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Luciano Zucco (PL-RS), se manifestou nesta sexta-feira, 2, por meio de nota, sobre a exoneração de Carlos Lupi do cargo de ministro da Previdência Social. Segundo o parlamentar, “omissão” de Lupi diante do esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões, somada “às inúmeras irregularidades identificadas“, torna “justa – embora tardia – a sua exoneração“.
“No entanto, é preciso deixar claro que esta é apenas a segunda peça de uma grande engrenagem de corrupção a ruir. A queda do presidente do INSS, seguida agora da saída do ministro, marca o início de uma série de afastamentos que devem alcançar diversos escalões do governo”, acrescentou Zucco.
Em suas palavras ainda, “as investigações já demonstram que o esquema funcionou durante anos com a conivência de agentes públicos e privados, incluindo integrantes do governo em diferentes níveis. Há indícios da participação de entidades ligadas a partidos políticos, como a Contag, historicamente associada à esquerda, que recebeu grande parte dos recursos descontados dos beneficiários – um fato inaceitável”.
O parlamentar protocolou nesta quarta-feira, na Procuradoria-Geral da República (PGR), uma representação criminal contra Lupi, por suposta omissão dolosa diante do esquema de descontos associativos não autorizados.
A líder da minoria na Câmara, Caroline de Toni (PL-SC), também comentou a saída de Lupi do ministério. “CAIU MAIS UM! Mais um ministro fora do trem desgovernado que virou este governo. Carlos Lupi não conseguiu sobreviver no cargo e anunciou a sua saída do Ministério da Previdência. Não é o primeiro Ministro de Lula que cai. Escândalo atrás de escândalo. Incompetência atrás de incompetência. Mostram apenas a ponta do iceberg que virou esse governo. As escolhas de Lula formaram o time perfeito… para afundar o Brasil”, escreveu a deputada no X (antigo Twitter).
A oposição no Congresso busca assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o esquema de descontos não autorizados. O pedido de criação de uma CPI sobre o tema na Câmara já foi protocolado pelo deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO).
Confira a íntegra da nota de Zucco
A saída do ministro da Previdência, Carlos Lupi, é a confirmação de que sua permanência no cargo se tornou insustentável diante da gravidade do escândalo envolvendo descontos indevidos em aposentadorias e pensões. Sua omissão, somada às inúmeras irregularidades identificadas, torna justa – embora tardia – a sua exoneração.
No entanto, é preciso deixar claro que esta é apenas a segunda peça de uma grande engrenagem de corrupção a ruir. A queda do presidente do INSS, seguida agora da saída do ministro, marca o início de uma série de afastamentos que devem alcançar diversos escalões do governo.
As investigações já demonstram que o esquema funcionou durante anos com a conivência de agentes públicos e privados, incluindo integrantes do governo em diferentes níveis. Há indícios da participação de entidades ligadas a partidos políticos, como a CONTAG, historicamente associada à esquerda, que recebeu grande parte dos recursos descontados dos beneficiários – um fato inaceitável.
E o que dizer entidade que tem como diretor vice-presidente José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) bateu recorde em 2023 no recolhimento de mensalidades associativas por meio de aposentadorias e pensões do INSS.
É inadmissível que brasileiros vulneráveis tenham sido lesados por um esquema que contou com o silêncio e, em muitos casos, a participação de servidores públicos e entidades próximas ao poder.
A oposição continuará atuando com firmeza. A CPI da Previdência já foi protocolada na Câmara, e uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) está prestes a ser formalizada, com as assinaturas no Senado já reunidas e o apoio crescente na Câmara.
O escândalo está apenas começando. A verdade virá à tona, e os responsáveis, independentemente do cargo que ocupem, precisarão responder por seus atos. O Brasil exige justiça.
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