Lula nomeia Wolney Queiroz como novo ministro da Previdência Social
Exoneração de Lupi e a nomeação de Wolney serão publicadas ainda nesta sexta-feira, 2, em edição extra do Diário Oficial da União

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou o ex-deputado federal Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da Previdência Social, para ser o novo titular da pasta. Ele substituirá Carlos Lupi, que decidiu deixar o governo após a revelação do escândalo dos descontos ilegais de aposentadorias e pensões descoberto pelas investigações da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal.
Segundo o Palácio do Planalto, a exoneração de Lupi e a nomeação de Wolney serão publicadas ainda nesta sexta-feira, 2, em edição extra do Diário Oficial da União.
Quem é Wolney Queiroz?
Wolney Queiroz nasceu em Caruaru (PE), em 12 de dezembro de 1972. É empresário e, assim como Lupi, filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Foi deputado federal por Pernambuco de 1995 a 1999 e de 2007 a 2023, por seis mandatos no total.
Além disso, foi vereador de Caruaru 1993 a 1995. É presidente do diretório pernambucano do PDT.
Atua como secretário-executivo do Ministério da Previdência Social desde 8 de fevereiro de 2023.
Insatisfação de Lupi
Conforme adiantou O Antagonista, Lupi ficou insatisfeito com a decisão do presidente Lula de não consultá-lo sobre a nomeação de Gilberto Waller Júnior para a presidência do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) no lugar de Alessandro Stefanutto, exonerado após a deflagração da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal.
Outro ponto que pesou na decisão de Lupi de deixar o governo foi a fritura pública desencadeada pelo Palácio do Planalto ao longo desta semana. Tanto o presidente Lula quanto outros integrantes do governo evitaram, nos últimos dias, defender publicamente Lupi, embora as investigações não tenham apontado – até agora – a participação do ministro no esquema de descontos ilegais.
Esta é a segunda vez que Lupi pede demissão de um governo petista. No governo Dilma Rousseff, quando era ministro do Trabalho em 2011, ele também sofreu com uma fritura pública. Na época, ele foi acusado de ter acumulado, de forma ilegal, dois cargos de assessor parlamentar em órgãos públicos distintos.
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