Otto Alencar, líder do segundo maior partido do Senado, o PSD, disse que as possíveis mudanças no comando do Coaf, antecipadas por O Antagonista no último sábado (veja aqui), eram esperadas.

“Quando o Congresso tirou o Coaf das mãos de Sergio Moro [na votação da MP da reforma administrativa] e o órgão voltou para o Ministério da Economia, a gente sabia que Paulo Guedes faria exatamente o que o presidente quisesse. Quando votei para o Coaf permanecer com o Moro, e fui derrotado, foi porque achava que, querendo ou não, o Moro tem mais isenção. O Guedes está no governo para prestar serviço ao Bolsonaro”, comentou o senador.

O temor de Alencar é que o governo interfira no Coaf para “proteger seus aliados e empurrar seus erros para debaixo do tapete” e, ao mesmo tempo, “perseguir quem é contra o presidente”.

“Vai virar um terror. Se essas mudanças se confirmarem, será uma vergonha. Eu, que não devo nada a ninguém, estou pouco me lixando. Mas é uma situação muito complicada.”