O deputado cassado Eduardo Cunha (foto) segue incomodado com a imprensa. Depois de negar que estivesse articulando pela liberdade de Chiquinho Brazão (sem-partido-RJ), preso no caso Marielle, o ex-presidente da Câmara voltou a esbravejar na madrugada desta quinta-feira, 11, agora contra uma coluna que lhe atribui articulação para o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

“Além do mais para corroborar as mentiras dela, o desqualificado, já alvo de processos meus no passado, vem afirmar que: ‘está comprovado’ que eu estou por trás de um movimento pelo impeachment do ministro Alexandre Moraes. Comprovado de que forma?”, questiona Cunha, em uma série de postagens no X, sobre texto publicado por Merval Pereira, em O Globo.

O deputado cassado segue, com um elogio ao ministro do STF: “Qual Prova que ele apresentou desse movimento imaginário inventado por ele? Eu vou por óbvio processa-lo. Eu não tenho absolutamente nada contra o ministro Alexandre de Moraes, sendo que inclusive ele no passado, chegou até a ser meu advogado, aliás com muita eficiência”.

E reafirma a intenção de reagir com um processo: “Em breve vamos nos encontrar na audiência do novo processo que vou meter nele pelas calúnias divulgadas”.

Longe da Câmara

Ao negar, na quarta-feira, 10, articulação para livrar Brazão, Cunha disse que não pisa na Câmara há três semanas. Esteja ele interessado ou não no assunto, o fato é que o deputado acusado de mandar matar a vereadora em 2018 permanecerá preso, pois a maioria da Câmara decidiu por não aliviar sua prisão.

O placar pela manutenção da prisão foi de 277 votos a favor, 129 contrários e 28 abstenções. Mais cedo, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara havia aprovado o parecer pela manutenção da prisão preventiva de Brazão, com um placar de 39 votos a favor e 25 contra, e apenas uma abstenção.