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De quanto tempo Lula precisa para frear as mortes de yanomamis?

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Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 23.02.2024 12:17 comentários
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De quanto tempo Lula precisa para frear as mortes de yanomamis?

A ministra Sonia Guajajara afirmou que um ano "não foi suficiente" para o governo Lula "resolver todas as situações" referentes aos yanomamis. Mortes subiram de 2022 para 2023

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De quanto tempo Lula precisa para frear as mortes de yanomamis?
Foto: Reprodução/Brasil Gov

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, afirmou nesta quinta-feira, 22, que um ano “não foi suficiente” para o governo Lula (PT) “resolver todas as situações” referentes aos yanomamis.

Em 2023, primeiro ano do terceiro mandato do petista, o território Yanomami registrou 363 mortes de indígenas. Em 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), o governo contabilizou 343 mortes.

“Entendemos que um ano não foi suficiente para gente resolver todas as situações instaladas ali, com a presença do garimpo, com a presença de quase 30 mil garimpeiros convivendo diretamente no território, aliciando e violentando os indígenas impedindo que as equipes de saúde chegassem ali”, disse Sonia Guajajara em coletiva de imprensa.

Descaso com os yanomamis

Diante da continuação da crise no território Yanomami, os ministérios da Saúde e dos Povos Indígenas atribuíram os aumento de mortes à subnotificação dos casos no governo anterior.

A secretária de Vigilância e Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, disse que o governo considera 2023 o marco zero para entender mortes na região

“Com o aumento de profissionais de saúde, habilitados a avaliar e notificar, nós temos uma informação mais qualificada. Isso acontece com todas as doenças”, afirmou.

Quando assumiu a Presidência, em janeiro de 2023, Lula fez uma viagem para a Terra Yanomami e prometeu estancar a mortalidade dos indígenas.

Ficou só na promessa.

Plano de ação

Por determinação do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo federal apresentou, em 9 de fevereiro, um plano de ação para reduzir a mortalidade nas terras indígenas.

Segundo a Folha de S.Paulo, o documento, de 123 páginas, cita uma série de falhas no sistema que atende os yanomamis, como falta de pessoal qualificado, corte de verbas, equipamentos obsoletos ou insuficientes, alta rotatividade de gestores e de projetos e dificuldades logísticas.

O plano de ação também lista o material básico necessário para auxílio ao enfrentamento da crise. Contudo, estão à disposição das equipes responsáveis “notas técnicas, informes, manuais e computadores” ultrapassados.

Desnutrição

Os yanomamis continuam acometidos de casos crônicos de desnutrição e expostos ao contato com garimpeiros e madeireiros que atuam ilegalmente na região, dificultando o desenvolvimento do plantio de alimentos e pesca. Eles dependem, portanto, da ajuda federal, que tem falhado.

Enquanto os indígenas morrem desnutridos, a culpa vai sendo jogada de um lado para outro.

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