A reportagem de capa da nova edição de Crusoé, assinada por Duda Teixeira e Gui Mendes, destaca o teatro do improviso na atuação das Forças Armadas na GLO de portos e aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro. O jogo de cena, iniciado no começo da semana, em nada afetou a realidade das cidades que mais sofrem com o crime organizado, dado que a operação não inclui os onze estados com as maiores taxas de homicídios do país, todos nas regiões Norte e Nordeste.

Também nesta edição, a matéria assinada por Wilson Lima chama atenção para a criação da RP5, emenda destinada às bancadas partidárias. Patrocinada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, o instrumento é uma nova forma de driblar o STF e garantir o “empoderamento do Congresso”, que poderia dispor de aproximadamente 10 bilhões de reais do Orçamento, já em 2024.

No destaque internacional, a reportagem de Duda Teixeira mostra o plano de Nicolás Maduro para invadir a Guiana e tentar deslegitimar a oposição, com a complacência do Brasil. O ditador da Venezuela anunciou a realização de um plebiscito no próximo dia 3 de dezembro com um assunto de pouca familiaridade até para os venezuelanos: a reivindicação de 80% do território guianense.

No Crusoé Entrevistas, o jornalista, escritor e pesquisador Bruno Paes Manso, autor do livro A Fé e o Fuzil: Crime e Religião no Brasil do Século XXI, explica como o crime organizado começou a usar o discurso religioso para ganhar legitimidade no Rio de Janeiro.

E economista Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, CBIE, diz que intervenções políticas na Petrobras podem trazer de volta os erros do passado. “Todo mundo se lembra do que aconteceu no passado quando a Petrobras perdeu a governança. Ocorreram problemas de toda ordem, como dívida alta, questões policiais etc”, disse Pires no Crusoé Entrevistas.

Privilegiando o assinante de O Antagonista+Crusoé, que apoia o jornalismo independente, também reunimos nosso timaço de colunistas. Nesta edição, escrevem Rodolfo Borges, Alexandre Soares Silva, Leonardo Barreto, Josias Teófilo, Paulo Roberto de Almeida, Ivan Sant’Anna, Jerônimo Teixeira, Augusto de Franco, José Nêumanne Pinto e Letícia Barros. A sátira política fica por conta de Agamenon Mendes Pedreira e Ruy Goiaba.

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