Lula assinou nesta sexta-feira, 26, uma série de decretos nos quais concede a Ordem do Mérito Naval a desafetos do seu governo. Entre os agraciados, estão o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e a deputada Caroline de Toni (PL-SC), que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

Nenhum dos nomes agraciados pelos decretos é conhecido por suas relações amistosas com o governo federal: um dos mais alinhados com o bolsonarismo, Jorginho Mello jamais se encontrou com o petista — algo que nem seus vizinhos da região Sul e Sudeste se negaram a fazer.

Caiado, governador de Goiás pelo segundo mandato, já é o primeiro pré-candidato a presidente da República para 2026, em desafio ao que se indica como a reeleição de Lula. Na Crusoé desta semana, o ex-senador explica suas razões para concorrer.

E Caroline de Toni, que comanda a principal comissão da Câmara, atua em uma pauta antagônica ao governo Nesta quinta-feira, por exemplo, ela comandou uma sessão que aprovou uma proposta para cortar recursos do MST.

Além deles, a extensa lista homenageia ministros de Lula (como Silvio Costa Filho, dos Portos e Aeroportos); o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino; o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Joel Ilan Paciornik; e o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB).

A comenda se destina a militares que se distinguiram no exercício de sua profissão. Excepcionalmente (e a exceção se tornou a regra em admissões no quadro da Ordem do Mérito Naval), corporações militares e instituições civis, nacionais e estrangeiras, suas bandeiras ou estandartes, assim como personalidades civis e militares, brasileiras ou estrangeiras, que houverem prestado relevantes serviços à Marinha.

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