“Com renda de ex-presidente, Lula é um cidadão de classe média alta”, diz Ivo Patarra, na Crusoé desta semana.

“Poderia muito bem ter dado uma entrada e comprado em prestações o apartamento tríplex na praia das Astúrias, no Guarujá, imóvel de classe média alta onde Marisa Letícia desejava passar o réveillon de 2014 para 2015. Há mais: o dinheiro ganho por meio do Instituto Lula e da firma de palestras e eventos do ex-presidente o colocam na confortável posição de pertencer ao topo da classe média alta brasileira. Nesse estrato, ele tinha plenas condições de dar um sinal e assumir o saldo devedor de uma segunda propriedade, no caso o sítio Santa Bárbara, em Atibaia […].”

“A pergunta que não quer calar: se dispunha de meios para comprar o tríplex e o sítio, por que obtê-los mediante vantagens indevidas, embolsando-os como parte da propina paga por grandes empresas contratadas pelo seu governo e o de sua sucessora? Vereadores de grandes cidades brasileiras como o Rio de Janeiro, assim como deputados e senadores, também se beneficiam de salários generosos, que os estabelecem como cidadãos de classe média alta no Brasil.”

“[…]Qual a mágica que permitiu que os mandatos parlamentares do clã Bolsonaro (Jair e seus três filhos políticos) gerassem dinheiro suficiente para propiciar as aquisições de mais de cem imóveis? Mais grave: não há explicação razoável – a não ser a dos desvios de salários e benefícios de assessores, por meio das conhecidas ‘rachadinhas’ – para boa parte desses mais de cem imóveis ter sido quitada com dinheiro vivo, uma prática suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.”

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