Ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo Lula, o gaúcho Paulo Pimenta foi empossado nesta quarta, 14, como ministro da Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul.

A escolha de seu nome é significativa, porque Pimenta estava comandando a guerra estatal contra todos os que, nas redes sociais, estavam afirmando que a sociedade civil estava sendo mais valiosa no resgaste às vítimas das inundações do que o governo.

Um dia após assumir o novo cargo, durante uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, Pimenta admitiu que o governo Lula está perdido no estado.

“Os prefeitos já estão falando aqui em soluções de barraca… Construtoras com apoio das Forças Armadas… Saúde… Enfim, cenário de guerra mesmo. Então é uma questão muito complexa. Eu acho que, quando a gente fala da maneira que eu estou falando, a gente não sabe nem para que lado se mexer. Eu estou mais ou menos assim no momento. Cada hora aparece um problema novo numa área”, disse Pimenta.

Sem conseguir fazer a diferença, o ministro teve uma ideia brilhante: a de escolher qualquer coisa, na tentativa de mostrar resultado em pelo menos alguma área.

“Eu acho que nós tínhamos que tentar focar uma área específica e tentar construir alguma coisa que pudesse ter um resultado concreto de alguma área específica. Não sei exatamente que área seria essa, mas se a gente pudesse pensar uma estratégia de uma ação para alguma coisa que pudesse mobilizar o esforço para ajudar a resolver uma situação, seria muito importante”, disse Pimenta, provável candidato de Lula para as próximas eleições para governador do Rio Grande do Sul.

A confissão de incapacidade de Pimenta é um soco no estômago de qualquer gaúcho que esteja aguardando alguma ação estatal.

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