O Celtinha do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP, foto em frente ao carro) foi para a garagem, pelo menos durante sua campanha a prefeito de São Paulo. O pré-candidato decidiu trocar o carro que ostenta desde 2010 como símbolo de humildade por um veículo blindado após sofrer ameaças de morte.

A assessoria do deputado disse que a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para apurar os ataques. A corporação informou que não se manifesta sobre eventuais investigações em andamento.

O Celtinha voltou ao noticiário, como de costume, quando o deputado socialista iniciou sua pré-campanha à Prefeitura de São Paulo. Boulos foi no carro, que não era dirigido por ele, à casa de Marta Suplicy para fechar a chapa para as eleições municipais deste ano.

De volta à origens

Anos e muitas críticas depois de ter deixado o PT, Marta voltou ao partido — fingindo que não saiu — para compor a chapa com Boulos. “Aqui estou de volta ao meu aconchego, ao partido que nunca saiu de mim: o Partido dos Trabalhadores e das trabalhadoras”, disse a ex-prefeita em cerimônia que contou com a participação de Lula, o artífice desse acordo.

A petista reintegrada é uma aposta da campanha de Boulos para aproximá-lo do eleitorado mais humilde. Ironicamente, apesar de ostentar um carro simples e antigo e de morar na periferia de São Paulo, Boulos enfrenta dificuldade para se entender com os eleitores mais pobres.

Nesse quesito, o Celtinha, que só parece comover os eleitores mais ricos, não deve fazer muita falta.

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