Alcolumbre decreta luto oficial de 7 dias pela morte do papa Francisco
Outras autoridades se manifestaram; segundo Frente Parlamentar Católica, o papa soube guiar a Igreja em uma era desorientada

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), lamentaram nesta segunda-feira, 21, a morte do papa Francisco. O deputado e o senador ainda decretaram luto oficial de sete dias nas Casas em respeito ao papa. O pontífice morreu em sua residência, no Vaticano, na última manhã, aos 88 anos.
“Poucos líderes foram tão marcantes para mim como o Jorge Mario Bergoglio. Papa Francisco foi o primeiro jesuíta e o primeiro latino a ocupar o posto mais alto da Igreja”, afirmou Motta, em publicação no X (antigo Twitter).
“Porém, para mim, o que mais marcou sua passagem foram as transformações que ele promoveu. Francisco foi o símbolo do diálogo, do acolhimento, da compreensão e, principalmente, da inclusão. Foi o papa que abriu a Igreja e a colocou no século XXI. Um líder que ficará na história pela força dos seus gestos. Eu e minha família seguiremos em oração por este líder que foi símbolo de esperança e justiça. Sem dúvida um exemplo de vida e luta para todos nós”, complementou.
Já Alcolumbre disse ter recebido a notícia da morte do papa “com profunda tristeza”. “Neste momento de luto e tristeza, o Congresso Nacional do Brasil une-se em solidariedade à comunidade católica em todo o mundo, à Santa Sé e a todos aqueles que tiveram suas vidas tocadas pelo papado de Francisco”.
O senador expressou admiração e respeito pela vida e obra do pontífice. “Em 2019 tive a honra de assistir a uma missa celebrada pelo Papa Francisco, e essa experiência me deixou uma marca profunda. Sua presença, sua palavra e sua benção ficarão para sempre em minha memória“, ressaltou.
Ainda conforme Alcolumbre, “Francisco foi um líder espiritual de grande coragem, que pregou o respeito, o perdão e a caridade“.
“Sua luta e seu serviço aos mais necessitados em todos os cantos do planeta inspirou milhões de pessoas. Que sua herança espiritual permaneça como seu maior legado e que o amor que tanto pregou influencie o mundo a trabalhar pela justiça, pela paz e respeito entre os povos. Que Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, descanse em paz”, concluiu.
Outras manifestações
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou luto oficial de sete dias no país pela morte do papa Francisco.
“A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos”, afirmou o petista.
O vice-presidente Geraldo Alckmin disse que o pontífice “fez história ao inaugurar um novo tempo para a Igreja e ao apontar a perseverança pela igualdade, por meio da convivência harmoniosa do diálogo, como o caminho para a humanidade”.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, também se manifestou. “A espiritualidade verdadeira é a expressão do bem, do amor e da paz, com sabedoria, tolerância e compaixão. O Papa Francisco encarnou essas virtudes como poucas lideranças nos dias de hoje. E a elas acrescentou o carisma e a empatia. A compreensão em lugar dos dogmas. Num tempo em que há muita escuridão, foi uma luz iluminando a humanidade. A história o reconhecerá como um dos maiores”, disse o magistrado, em nota.
A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que ele “liderou a Igreja com coragem, humildade e amor pelos que mais sofrem”.
O presidente da Frente Parlamentar Católica na Câmara dos Deputados, Luiz Gastão (PSD-CE) pontuou que, em tempos confusos, “Francisco resplandece como um testemunho de caridade pastoral, de serviço humilde e de firmeza na fé”. “Herdando o peso das chaves e a cruz da barca de Pedro, ele soube, com coragem, guiar a Igreja pelas águas revoltas de uma era desorientada, não pelo brilho fugaz dos discursos ou pela aprovação dos homens, mas pelo exemplo de suas atitudes e fidelidade ao chamado do Céu”.
Segundo a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), o papa “nos ensinou que fé e compaixão devem caminhar juntas. Ensinou-nos também que a Igreja precisa voltar seu olhar para as periferias do mundo — com humildade, ternura e amor pelos que mais precisam de nós”.
O deputado Guilherme Boulos (Psol-SO) destacou que o pontífice “optou pelos pobres e pela simplicidade”. “Defendeu o amor contra o ódio, inclusão e integração contra a discriminação. Esse é o legado do primeiro pontífice latino‑americano, que tem o respeito de todos aqueles que lutam por um mundo mais justo. Descanse em paz”.
Já o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), afirmou que, durante seu ministério, “Francisco anunciou e praticou o cuidado com os mais pobres e marginalizados”. “Que sua memória inspire a todos nós a promover a paz, solidariedade e compaixão”, complementou.
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Comentários (1)
Angelo Sanchez
22.04.2025 11:46Muita gente vai esticar o feriado por mais uma semana, com esta desculpa de decretação de luto oficial pelo Senado.