No Irã, junto a terroristas, Alckmin comete suicídio de reputação No Irã, junto a terroristas, Alckmin comete suicídio de reputação
O Antagonista

No Irã, junto a terroristas, Alckmin comete suicídio de reputação

avatar
Ricardo Kertzman
4 minutos de leitura 31.07.2024 10:55 comentários
Análise

No Irã, junto a terroristas, Alckmin comete suicídio de reputação

Acaso Alckmin seja adversário do lulopetismo outra vez, poderá ficar tranquilo com o tradicional assassinato de reputações petista

avatar
Ricardo Kertzman
4 minutos de leitura 31.07.2024 10:55 comentários 0
No Irã, junto a terroristas, Alckmin comete suicídio de reputação
Foto: Reprodução de vídeo

No início dos anos 2000 e até 2014, pelo menos, a oposição ao Partido dos Trabalhadores (PT), no Brasil, era liderada pelo PSDB. Sim, havia outras legendas, digamos satélites, como o PFL, que virou DEM e deu origem ao atual União Brasil, mas sempre foram os tucanos os grandes rivais do lulopetismo, sobretudo no plano federal.

Fernando Henrique Cardoso foi o único bem-sucedido na disputa com os petistas. FHC bateu Lula em duas ocasiões, 1994 e 1998. Depois, Lula venceu José Serra (2002) e Geraldo Alckmin (2006), e Dilma derrotou o mesmo Serra (2010) e Aécio Neves (2014). Após a Lava Jato, o PSDB perdeu totalmente a relevância nacional.

Tanto é que, nas eleições presidenciais de 2018, os tucanos amargaram um vexatório 4º lugar no primeiro turno – atrás de Jair Bolsonaro (PSL), Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT), com minguados 5% dos votos. Foi a última participação nacional do PSDB, que em 2022 apenas indicou a vice, Mara Gabrilli, na chapa de Simone Tebet (MDB).

Assassinato de reputações

A expressão acima tornou-se mais conhecida no país com o lançamento do livro de mesmo nome, de autoria do delegado de polícia e ex-deputado estadual Romeu Tuma Jr., filho do todo-poderoso Romeu Tuma, falecido em 2010. Turminha, como é conhecido no meio político, narra, dentre outros assuntos, os métodos petistas de “fazer política”.

Grosso modo, “assassinato de reputações” é a disseminação orquestrada, e em massa, de notícias – muitas vezes falsas, deturpadas ou exageradas – sobre adversários políticos. Dois dos exemplos mais notórios, justamente envolvendo o PT, foram as campanhas mentirosas, por duas vezes (2014 e 2018), contra Marina Silva (Rede), atual ministra de Lula.

Curiosamente, Marina e Alckmin, hoje, navegam no mesmo barco que combateram e por quem foram combatidos, muitas vezes de forma desleal. No caso do “picolé de chuchu”, atual vice-presidente da República, a situação chega a ser, além de constrangedora, praticamente uma confissão de ampla, geral e irrestrita falta de pudor.

Corrupção e cena do crime

Prestem atenção nisso, por favor: “Candidato Lula, de onde veio o dinheiro sujo, 1.75 milhão em dinheiro vivo, reais e dólar, para comprar o dossiê fajuto?”. “Se há alguém que não tem moral para falar de ética, é o governo Lula”. “O Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção, sem compromisso com a ética, sem limites.”

São algumas das declarações públicas, e em debates, de Geraldo Alckmin sobre Lula. Porém, a mais conhecida, talvez, seja a proferida na campanha de 2018: “Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder. Ele quer voltar à cena do crime”. Bem, não restam dúvidas do que o tucano pensa de seu novo BFF (Best Friends Forever).

Assim, ao se candidatar como vice-presidente de Lula em 2022, Alckmin rebaixou-se como político e como personagem histórica da política paulista. Poderia figurar no rol dos grandes estadistas de São Paulo, mas preferiu a vaidade, o apego ao Poder e a crença inocente de que será ungido como sucessor do chefão do PT em 2026.

Fundo do poço

Mas nunca é suficiente, para algumas pessoas, o último degrau – de cima para baixo, claro. É preciso descer mais e mais, sempre. Nem que seja necessário, para isso, cavar um buraco sem fim. E Geraldo Alckmin, ao que parece, decidiu seguir esse caminho. Vê-lo com o boné do MST não foi nada diante de outras demonstrações de desapego pelo passado.

Ao erguer os braços e urrar feito um louco “Lula, Lula, o maior líder popular deste país, viva Lula, viva os trabalhadores”, como fez em um evento para sindicalistas, depois de tudo o que já disse a respeito de seu novo parça, Alckmin apenas reforçou minha tese. Mas o pior ainda estava por vir, e de fato veio, nesta triste terça-feira (30).

Prestigiando a posse do novo presidente do Irã – sim, Irã -, Masoud Pezeshkian, aquele que já se apresentou como um “simples” Geraldo ombreou, literalmente, com líderes terroristas do Hamas, dos Houthi, do Hezbollah, da Jihad Islâmica e sabe-se lá quantos outros facínoras sanguinários, financiados pelos aiatolás iranianos. 

Acaso amanhã, ou depois, Alckmin encontre-se adversário do lulopetismo outra vez, ao menos poderá ficar tranquilo com o tradicional assassinato de reputações petista. O ex-tucano vem praticando, com louvor, o autoextermínio político. É um verdadeiro “suicida” da própria reputação. Que descanse em paz, se conseguir.

  • Mais lidas
  • Mais comentadas
  • Últimas notícias
1

Daniela Mercury arremessa banco; empresária reage indignada

Visualizar notícia
2

Hora de pagar a conta

Visualizar notícia
3

Cadeirada de Datena representa ápice da baixaria nos debates em São Paulo

Visualizar notícia
4

Emmy 2024: Surpresas, recordes e propagandas embaraçosas

Visualizar notícia
5

Malafaia aponta "armação de vitimização" de Marçal após cadeirada

Visualizar notícia
6

Senador quer CPI para apurar inquéritos conduzidos por Moraes

Visualizar notícia
7

A cadeira que Datena usou para agredir Marçal

Visualizar notícia
8

Marçal, Datena e a distorção da masculinidade

Visualizar notícia
9

Homem preso por tentativa "quixotesca" de assassinato de Trump

Visualizar notícia
10

Marçal pediu perdão a Datena antes do debate?

Visualizar notícia
1

Cadeirada de Datena representa ápice da baixaria nos debates em São Paulo

Visualizar notícia
2

Senador quer CPI para apurar inquéritos conduzidos por Moraes

Visualizar notícia
3

Marçal, Datena e a distorção da masculinidade

Visualizar notícia
4

Marçal x Datena: estamos mesmo em São Paulo, em 2024?

Visualizar notícia
5

“Errei, mas de forma alguma me arrependo”, diz Datena sobre cadeirada em Marçal

Visualizar notícia
6

Malafaia aponta "armação de vitimização" de Marçal após cadeirada

Visualizar notícia
7

Irã: 34 prisioneiras iniciam greve de fome

Visualizar notícia
8

Cadeirada na TV: Marçal registra queixa contra Datena por lesão corporal

Visualizar notícia
9

Marçal pediu perdão a Datena antes do debate?

Visualizar notícia
10

Debate é marcado por 'cadeirada' de Datena em Marçal; apresentador é expulso

Visualizar notícia
1

Como o tráfico de drogas mantém o regime da Venezuela unido

Visualizar notícia
2

Governo Lula desperdiça R$ 260 mi em vacinas contra Covid

Visualizar notícia
3

Polícia Civil investiga cadeirada de Datena em Marçal

Visualizar notícia
4

Irmão de Bolsonaro enfrenta Republicanos e PP em disputa pela prefeitura de Registro (SP)

Visualizar notícia
5

Crusoé: Trump culpa Kamala e Biden por 2ª tentativa de assassinato

Visualizar notícia
6

Crusoé: Exército russo deve se tornar o segundo maior do mundo

Visualizar notícia
7

Depois de Starbucks, Zamp assume operação da Subway no Brasil

Visualizar notícia
8

Alemanha: ativistas pró-Palestina contra palestra sobre feriados judaicos

Visualizar notícia
9

Deputado diz que chamaria Marçal para o 'tatame'

Visualizar notícia
10

Rússia encerra programa da ONG Médicos Sem Fronteiras

Visualizar notícia

Assine nossa newsletter

Inscreva-se e receba o conteúdo do O Antagonista em primeira mão!

Tags relacionadas

Geraldo Alckmin Hamas Irã Lula Terrorismo
< Notícia Anterior

Professor de Jiu-Jitsu condenado por estupro causa polêmica em Pernambuco

31.07.2024 00:00 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

Descontos do INSS, para aposentados, entenda como funciona

31.07.2024 00:00 4 minutos de leitura
avatar

Ricardo Kertzman

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (0)

Torne-se um assinante para comentar

Notícias relacionadas

Marçal, Datena e a distorção da masculinidade

Marçal, Datena e a distorção da masculinidade

Felipe Moura Brasil Visualizar notícia
Hora de pagar a conta

Hora de pagar a conta

Rodrigo Oliveira Visualizar notícia
Marçal x Datena: estamos mesmo em São Paulo, em 2024?

Marçal x Datena: estamos mesmo em São Paulo, em 2024?

Ricardo Kertzman Visualizar notícia
Cadeirada de Datena representa ápice da baixaria nos debates em São Paulo

Cadeirada de Datena representa ápice da baixaria nos debates em São Paulo

Wilson Lima Visualizar notícia
Icone casa

Seja nosso assinante

E tenha acesso exclusivo aos nossos conteúdos

Apoie o jornalismo independente. Assine O Antagonista e a Revista Crusoé.