Em Minas, Lula e Zema trocam alfinetadas
Ao final do evento, entre mortos e feridos, salvaram-se todos. Depois do almoço, em Ouro Branco, se não comer todas as cascas de bananas, talvez Zema consiga atirar algumas para Lula escorregar

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e sua comitiva encontram-se em visita a Minas Gerais, nesta terça-feira, 11. Pela manhã, estiveram em Betim, em evento na montadora de automóveis Stellantis, para a inauguração do TechMobiliy, um centro de desenvolvimento de produtos automotivos híbridos-flex. À tarde, a agenda presidencial será em Ouro Branco, Região Central do estado, onde a siderúrgica Gerdau irá oficializar a abertura de um espaço destinado à ampliação de sua produção de aço.
Dividindo o mesmo palanque, além de Lula, é claro, estiveram presentes o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o governador Romeu Zema, adversários políticos e desafetos públicos. Durante seus discursos, a troca de farpas ocorreu sem cerimônia. Zema criticou veladamente o número de ministérios de Lula (39 pastas), dizendo que, em Minas, ele comanda o estado com o menor número de secretarias (14), apesar de ser a unidade da Federação com a segunda maior população, atrás apenas de São Paulo.
Zema criticou, também, os juros cobrados pela União sobre a dívida mineira, contraída, segundo o governador, há mais de 30 anos por todos os seus antecessores. Em resposta, Lula rebateu o chefe do Executivo estadual, dizendo que não importa o número de ministérios e secretarias, mas a qualidade dos responsáveis. O presidente citou o crescimento de mais de 3% do PIB como prova de sua capacidade e desafiou Zema a lembrar “A última vez em que o país cresceu assim por dois anos seguidos“.
“Socos e pontapés”
Após o chefão do PT, foi a vez de Silveira investir contra o governador mineiro, dizendo que a União, sob Lula, tem sido generosa com Minas, como o estado sempre foi com Lula, dando a ele sucessivas vitórias em todas as eleições que disputou. O ministro foi além, e afirmou que a dívida de Minas disparou nos últimos cinco anos, passando de R$ 110 bilhões em 2019 para mais de R$ 165 bilhões em 2024. Placar parcial: lulistas 3×2 Zema.
A favor do governador Romeu Zema, duas observações: a dívida mineira cresceu, no período, justamente por causa dos juros federais, sendo fato que nenhum centavo de “dívida nova” foi contraído em sua gestão. No mandato anterior ao seu – Zema assumiu em 2019 -, o petista Fernando Pimentel levou Minas à bancarrota, deixando um rastro de dívidas com fornecedores, municípios, servidores e judiciário, além da própria União.
Zema empatou o placar, atirando na fuça do governo federal: “Fomos o estado que mais contribuiu com o saldo da balança comercial. O país, e nosso ministro Haddad deve saber de cor, teve saldo de US$ 74,5 bilhões na balança comercial. A contribuição de Minas foi de US$ 25 bilhões. Mais de um terço do saldo comercial foi gerado nesta terra, que, hoje, tem dificuldades para manter as estradas boas e o ensino adequado”.
Ao final do evento, entre mortos e feridos, salvaram-se todos. Depois do almoço, em Ouro Branco, se não comer todas as cascas de bananas, talvez Zema consiga atirar algumas para Lula escorregar e, assim, conseguir virar o jogo. Diante da enormidade de besteiras que o presidente anda falando em público, não será tarefa muito difícil.
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Comentários (1)
Ione Maria da Silva
11.03.2025 16:13O que eu sinto por esse Presidente? Nojo, asco, e por aí vai. não vejo a hora de ele deixar a presidência do nosso país.