Desde ontem à noite, presidenciáveis usam as redes sociais para criticar o indulto de Jair Bolsonaro ao deputado federal Daniel Silveira (foto), condenado pelo STF.

“Eleito presidente, não haverá indulto a condenados pela Justiça. Também vou acabar com a ‘saidinha de presos’. A sociedade não aguenta mais a impunidade”, escreveu João Doria (PSDB).

Ciro Gomes (PDT) disse:

“Acostumado a agir em território de sombra entre o moral e o imoral, o legal e o ilegal, Bolsonaro acaba de transformar o instituto da graça constitucional em uma desgraça institucional. Tenta, assim, acelerar o passo na marcha do golpe. Mas não terá sucesso.”

A senadora Simone Tebet (MDB) fez menção ao Dia de Tiradentes:

“Neste 21 de abril, que os ventos que sopram das montanhas de Minas possam ser inspiração para um futuro próximo com mais liberdade, respeito e tolerância. O Brasil merece um governo republicano de verdade que respeite profundamente os valores democráticos e que esteja à altura dos desafios do nosso país.”

Há pouco, ela foi mais direta:

“Dar graça, por decreto, a um condenado pelo STF por atentado à democracia, é desvio de finalidade e um ato inconstitucional. O presidente violou, ele próprio, a Constituição. Um golpe contra a democracia. Crime de responsabilidade.”

“As liberdades democráticas não podem servir para elas próprias serem atacadas. A democracia não pode ser autofágica”, afirmou Eduardo Leite (PSDB).

André Janones (Avante) também se manifestou no Twitter:

“Defender invasão ao STF e agressão a ministro não é liberdade de opinião, é crime. Garantias constitucionais não podem ser escudo para atacar a democracia e a Constituição. O indulto presidencial ao condenado afronta o STF, a democracia e os brasileiros que respeitam os limites constitucionais. (…) No passado, bandido bom era bandido morto. Agora, bandido bom é bandido perdoado!!! Novos tempos. (…) Quantos dias para o ‘arregão’ pedir ao Temer para redigir uma cartinha de desculpa?”