Conib critica posição do governo Lula sobre guerra em Gaza

20.12.2025

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Conib critica posição do governo Lula sobre guerra em Gaza: “Ficou contra Israel”

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Guilherme Resck
4 minutos de leitura 07.10.2025 11:29 comentários
Brasil

Conib critica posição do governo Lula sobre guerra em Gaza: “Ficou contra Israel”

Presidente da Confederação discursou em sessão no Senado em memória dos dois anos de ocorrência dos ataques contra Israel

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Guilherme Resck
4 minutos de leitura 07.10.2025 11:29 comentários 1
Conib critica posição do governo Lula sobre guerra em Gaza: “Ficou contra Israel”
Foto: Reprodução/Conib

O presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Claudio Lottenberg, criticou nesta terça-feira, 7, o posicionamento do governo Lula (PT) sobre a guerra na Faixa de Gaza e reforçou que o Hamas representa o “terror”. Lottenberg discursou em sessão especial, no plenário do Senado, realizada em memória dos dois anos de ocorrência dos ataques terroristas do Hamas contra a população civil de Israel.

Leia a edição especial sobre os dois anos dos ataques de 7 de outubro.

Segundo o senador Sergio Moro (União-PR), que preside o evento, o objetivo deste é honrar as vítimas, rogar pela libertação dos reféns remanescentes e pelo reconhecimento do direito de existência de Israel, contra o antissemitismo e em favor da paz no Oriente Médio.

“Falo principalmente em nome de 6 milhões de judeus que sucumbiram na segunda grande guerra mundial. Aquilo sim foi um verdadeiro genocídio. E basta conhecer a etimologia e um pouco de antropologia para entender o real significado e a definição legal do que é um genocídio, e não como muitos querem no fundo tentar macular a imagem daquilo que o Estado faz ao se defender de um ataque terrorista”, pontuou Lottenberg, no início do discurso.

“Dois anos se passaram desde o ataque de Gaza, dois anos desde que Israel foi atacado covardemente por um grupo terrorista. Não foi, em absoluto, uma guerra convencional. Não foi, muito menos, uma disputa política. Foi, para quem quer ver e também para quem não quer ver, puro terrorismo. Terrorismo que assassinou, que sequestrou e que destruiu vidas inocentes, numa verdadeira operação fratricida.

Ele classificou o ataque do Hamas como um ato de genocídio, porque havia a “intenção pura de matar toda e qualquer pessoa que ali estivesse presente, levando-se em consideração que seriam judeus”. Segundo o presidente da Conib, no primeiro momento, o mundo reconheceu isso e que Israel havia sido atacado pelo Hamas, um movimento terrorista. Porém, logo depois, países passaram a tratar o Hamas “como se fosse um ator político legítimo”.

“O Hamas não é política, o Hamas representa o terror, um braço estendido do governo do Irã, que patrocina não somente o Hamas, mas o Hezbollah, o Houthis, que usa aquilo que há de pior em termos de interlocução: o terrorismo, a violência deliberada”, afirmou.

Ele ressaltou ainda que os recursos destinados para a construção de um país em Gaza foram usados para a construção de túneis e uma verdadeira infraestrutura deliberadamente erguida para propagar a destruição do Estado de Israel. O Hamas, disse, tem vínculos até mesmo dentro da Organização das Nações Unidas (ONU).

Posicionamento do Brasil

Segundo Lottenberg, o Brasil que o mundo respeita é aquele que defende a vida, defende a paz, que tem um tom firme, sério e verdadeiro no cenário internacional e que é “pautado por uma diplomacia tradicional, ainda das épocas de Osvaldo Aranha e do Barão do Rio Branco”.

Porém, atualmente, acrescentou, “estamos vendo um Brasil diferente. Um Brasil que desde o primeiro dia recusou-se a chamar esta guerra pelo nome certo: guerra contra o terrorismo. Um Brasil que preferiu patrocinar narrativas ideológicas dentro de uma perspectiva diplomática que não é a tradicional, dentro daquilo que alguns classificam como sendo ‘no politic’, que se colocou sistematicamente contra Israel.

Ele prosseguiu: “E lamentavelmente, alimentando o antissemitismo dentro deste país. Que fechou as portas para a comunidade judaica brasileira, que procurou e quis estar junto ao governo brasileiro para poder dialogar. Que infelizmente distorceu fatos, que vinha repetindo números falsos, conceitos impróprios e que infelizmente ignora sistematicamente os reféns”.

Em suas palavras, “isso é uma vergonha nacional”. Lottenberg afirmou que o “o Brasil precisa e tem que voltar a ser respeitado. Precisa reencontrar a sua tradição de equilíbrio, de dignidade e de coragem.

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Comentários (1)

Marian

07.10.2025 12:51

Estou com Israel e contra os terroristas.


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