“Não há decisão de deixar o governo”, diz Celso Sabino
Ministro do Turismo é filiado ao União Brasil, cuja Executiva resolveu antecipar movimento de desembarque da base do governo Lula
O ministro do Turismo, Celso Sabino, negou nesta sexta-feira, 29, que tenha tomado a decisão de deixar o governo Lula (PT). Sabino é filiado ao União Brasil, partido cuja Executiva Nacional resolveu na quarta-feira, 27, antecipar o movimento de desembarque da base governista.
“Não há nenhuma decisão nessa direção [de eu deixar o governo]. Fico triste de ver alguns jornalistas, graças a Deus são minoria, e fazem publicações sem consultar nenhuma fonte nem muito menos as pessoas de quem estão se relacionando. Fato é: não tem nenhuma decisão tomada”, declarou o ministro, em vídeo divulgado por sua assessoria de imprensa.
“Como eu tenho dito desde o começo, eu sou sustentado no governo, neste Ministério do Turismo, por um tripé. O primeiro deles é que eu sou muito religioso e acredito muito em Deus. O segundo, pela indicação da bancada do meu partido na Câmara dos Deputados. E terceiro, pela confiança do presidente Lula. No momento em que eu perder qualquer uma dessas três bases que sustentam esse tripé, eu sou o primeiro a me levantar. Mas, até aqui, não tem nenhuma decisão tomada ainda”, pontuou também.
Ele conclui a manifestação afirmando que segue “firme” com o seu trabalho no ministério.
A decisão da Executiva Nacional do União Brasil foi tomada após o presidente Lula ter cobrado os ministros que fazem parte de siglas que se manifestam contrárias ao governo federal, durante reunião ministerial.
A expectativa inicial era que o desembarque ocorresse no início do ano que vem, mas após a cobrança, a expectativa é que o União anuncie que não faz mais parte do governo Lula durante reunião da Executiva Nacional da sigla marcada para a próxima terça-feira, 2.
Após a cobrança de Lula a Celso Sabino, o presidente do União, Antonio Rueda, foi para as redes sociais se pronunciar oficialmente sobre a fala do petista.
“A fala do presidente Lula evidencia o valor da nossa independência e a importância de uma força política que não se submete ao governo. Na democracia, o convívio institucional não se mede por afinidades pessoais, mas pelo respeito às instituições e às responsabilidades de cada um”, disse Rueda.
“O que deve nos guiar é a construção de soluções e não demonstrações de desafeto. Minha prioridade continuará sendo a mesma, trabalhar por um futuro melhor para o Brasil, com estabilidade política, desenvolvimento econômico e respeito as instituições”.
Apesar do desembarque incipiente, isso não significa necessariamente que o União vá entregar automaticamente cargos na administração federal. A expectativa é que a sigla autorize parlamentares que tenham cargos a permanecer no governo, como, por exemplo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
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