O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta sexta-feira, 5, que o governo não vai obter “aquilo que é ideal” na regulamentação da reforma tributária. O projeto está em discussão no Congresso e deve ser votado na próxima semana na Câmara dos Deputados.

“Não teremos aquilo que é o ideal para qualquer setor, para qualquer pessoa. Mas o ideal é superar a atual balbúrdia tributária que temos no país”, afirmou o ministro.

O relatório preliminar, apresentado nesta quinta-feira, 4, pelo grupo de trabalho da Câmara, deixou de fora, por exemplo, a carne da lista de itens da cesta básica que devem ficar isentos. Por outro lado, os deputados da bancada da bala fizeram pressão e deixaram armas e munições de fora do chamado imposto seletivo, o “imposto do pecado”.

Relatório

Padilha disse que os termos do relatório ainda estão abertos para discussão, mas ressaltou que o mais importante é aprovar o texto. Ele destacou ainda que a proposta de regulamentação prevê que as alíquotas de impostos passarão por revisão a cada cinco anos.

“Nós vamos conseguir fazer a votação da regulamentação da reforma tributária. Isso vai fazer com que a gente termine o semestre com toda a agenda econômica e social votada. Acabamos de votar nesta semana no Senado o marco regulatório do hidrogênio verde, que vai atrair investimentos para a produção de energia eólica, os combustíveis sustentáveis, colocando o Brasil em um papel diferente no mundo”, afirmou o ministro.