Setor de infraestrutura apresenta demandas para regulamentação da tributária
Instituto Brasileiro de Infraestrutura (IBI) defende mudanças nos textos de regulamentação da reforma tributária
O Instituto Brasileiro de Infraestrutura (IBI), que representa empresas e associações do setor marítimo, portuário e aeroportuário, apresentou nesta quarta-feira, 19, nota técnica para cobrar ajustes na regulamentação da reforma tributária. O encontro liderado pela Frente Parlamentar Mista de Portos e Aeroportos (FPPA) contou com a presença do deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR), relator da comissão especial da Câmara.
Entre as demandas, o setor defende a aprovação de uma emenda para garantir reajustes em contratos de concessões vigentes com objetivo de mitigar os impactos negativos da unificação de impostos (CBS + IBS) prevista na reforma. O grupo também defende uma mudança no artigo que prevê imunidade do IBS e CBS para exportações de bens e de serviços para o exterior.
Para o presidente da FPPA, deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP) é preciso garantir que a regulamentação da reforma tributária mantenha os meios de investimento do setor. “As sugestões modificativas que fizemos é para que a lei tenha essa clareza e não fique suscetível a interpretações que possam trazer prejuízos para o setor e para os municípios”, defendeu Barbosa ao O Antagonista.
Ainda na avaliação do deputado, portos e aeroportos são portas de entrada e saída para o comércio internacional e influenciam diretamente na balança comercial. “A reforma tributária pode ser um ponto de virada se formatada considerando a simplificação dos processos, a desburocratização e a redução da carga tributária. Temos tudo para sermos uma potência econômica”, completou.
Lira divulga calendário da tributária
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou aos líderes partidários que pretende aprovar a regulamentação da reforma tributária ainda neste semestre. Como mostramos, a movimentação faz parte da estratégia para frear a agenda negativa gerada após a repercussão do projeto de lei sobre o aborto.
Lira definiu que os dois grupos de trabalho (GTs) criado por ele para tratar sobre os dois projetos de regulamentação da tributária têm até 3 de julho para apresentarem os pareceres finais. A ideia do presidente da Câmara é votar os dois textos em 11 de julho no plenário, uma semana antes do recesso do Congresso, que começa em 18 de julho.
Segundo aliados de Lira, o calendário conta com uma janela que, caso haja necessidade, a votação possa ocorrer até 17 de julho.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)