Projeto para designar UNRWA como organização terrorista avança em Israel
Israel acusa funcionários da agência da ONU de envolvimento nos ataques do Hamas em 7 de outubro
O Parlamento israelense aprovou nesta quarta-feira, 29, em leitura preliminar, um projeto de lei para designar a UNRWA, agência da ONU para refugiados palestinos acusada de ter ligação com o Hamas, como organização terrorista, registrou o portal Jerusalem Post.
Proposto pela parlamentar Yulia Malinovsky, o projeto é o mesmo que prevê a abolição de imunidades e privilégios para funcionários da entidade.
Se for aprovado na leitura final, a UNRWA ficará sujeita à Lei Antiterrorismo de Israel, permitindo ao governo israelense cessar todos os laços com a agência e encerrar os ativos da organização em território israelense.
UNRWA e o ataque de 7 de outubro
Como mostramos, Israel acusa funcionários da agência de envolvimento nos ataques do Hamas em 7 de outubro.
Embora tenha sido pensada com fins humanitários, diversas provas demonstraram que a organização é uma das principais estimuladoras do ódio contra judeus e do terrorismo no Oriente Médio.
Pelo menos doze funcionários da UNRWA participaram dos ataques terroristas em Israel em 7 de outubro, como demonstrou, para além de dúvidas, um relatório de inteligência israelense. Dez deles pertenciam ao Hamas. Um era da Jihad Islâmica. Seis deles entraram nesse dia em Israel com outros terroristas, como prova a geolocalização de seus celulares.
Os que não participaram diretamente da ação compraram munições, guardaram lançadores de granadas ou ajudaram na logística. Sete eram professores de escolas da UNRWA, ministrando disciplinas como matemática e árabe. Dois tinham outras funções, também em colégios. Um deles, da cidade de Khan Younis, sequestrou uma mulher israelense com seu filho.
Uma reportagem do jornal americano Wall Street Journal, publicada em 29 de janeiro, mostrou que 23% de todos os funcionários homens da agência têm conexão com o terror. No total, cerca de 1.200 dos empregados fazem parte do Hamas ou da Jihad Islâmica. Eles representam um em cada dez assalariados da UNRWA.
As acusações desencadearam investigação interna, demissões e reações dos Estados Unidos, França, Itália, Canadá, Finlândia e outros países que anunciaram a suspensão do financiamento da agência.
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