A região centro-sul do Brasil está prestes a enfrentar uma onda de calor intensa no final de abril, de acordo com a previsão da Climatempo.

Essa será a quarta onda de calor registrada desde o início de 2024. As temperaturas podem atingir até 5ºC acima da média entre os dias 22 de abril e 2 de maio.

Segundo especialistas, uma área de alta pressão na média atmosfera ganhará força nas áreas do Mato Grosso do Sul e Paraná, migrando para as regiões do Sudeste no final de abril e início de maio. Essa área de alta pressão se estabilizará na região centro-sul, criando um bloqueio atmosférico que impedirá a chegada de frentes frias no Centro-Oeste e Sudeste do país, mantendo o ar seco e quente.

Temperaturas elevados no outono

Mesmo durante o outono, espera-se que as temperaturas permaneçam elevadas até o início de maio, podendo se prolongar ainda mais. Uma das características dessa onda de calor é a intensificação do ar quente, inibindo a formação das nuvens de chuva e aumentando o calor.

A falta de uma massa de ar frio suficientemente forte para alterar as condições climáticas manterá o ar quente predominante em grande parte do Brasil.

Além do calor intenso durante o dia, as madrugadas também serão abafadas em Mato Grosso do Sul, Paraná e oeste de São Paulo, devido ao escoamento do ar quente na transição de abril para maio.

Termómetros podem ficar até 5ºC acima da média

Já nas regiões leste de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal, as temperaturas devem ficar de 3ºC a 5ºC acima da média, porém com mínimas mais baixas devido ao ar seco.

Um fator importante a ser observado é a amplitude térmica, que pode chegar a até 22°C de diferença entre as temperaturas mínimas e máximas. Segundo a Climatempo, os modelos meteorológicos indicam que esse padrão se manterá até a primeira semana de maio.

Além da onda de calor, algumas regiões como centro-norte do Paraná, estado de São Paulo (exceto litoral), noroeste e triângulo Mineiro, sul de Goiás e centro-leste de Mato Grosso do Sul estão em alerta devido à baixa umidade relativa do ar, que poderá ficar abaixo dos 30%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece como ideal uma umidade entre 50% e 60%.