Atos em Columbia: uivo contra a civilização e atração pela barbárie Atos em Columbia: uivo contra a civilização e atração pela barbárie
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Atos em Columbia: uivo contra a civilização e atração pela barbárie

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6 minutos de leitura 22.04.2024 13:51 comentários
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Atos em Columbia: uivo contra a civilização e atração pela barbárie

O que está acontecendo em Columbia “é solidariedade com um pogrom. É simpatia pelo fascismo”, escreveu o escritor e analista político britânico Brendan O'Neill, em seu artigo de 22 de abril, publicado na revista Spiked

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O que está acontecendo em Columbia “é solidariedade com um pogrom. É simpatia pelo fascismo”, escreveu o escritor e analista político britânico Brendan O’Neill, em seu artigo de 22 de abril, publicado na revista Spiked.

São os esquerdistas privilegiados que recebem um impulso moral barato de um ato de violência racista em massa contra os judeus que eles catastroficamente confundem com um golpe contra o imperialismo. É o Socialismo dos Tolos. Mais do que isso, é um uivo de raiva contra a civilização”, disparou O’Neill.

Na Universidade de Columbia, instituição de ensino superior privada, localizada em Nova Iorque, todas as aulas foram suspensas devido à ocupação do campus por manifestantes pró-Hamas. Centenas de manifestantes bloquearam acessos, pediram boicote contra Israel, entoaram cânticos antissemitas e constrangeram e atacaram estudantes judeus, impedindo-os de entrar no prédio. O presidente Joe Biden chegou a se pronunciar afirmando que o protesto configurava antissemitismo flagrante, repreensível e perigoso.

Segundo o analista britânico comparar o “Acampamento de Solidariedade a Gaza” que tomou conta da Universidade de Columbia, na semana passada, com anteriores revoltas universitárias contra o militarismo, comum entre os jovens, como por exemplo, os protestos contra a guerra do Vietnã é uma ingenuidade intencional imperdoável, “é encobrir a natureza profundamente perturbadora desta fúria dos privilegiados contra a única nação judaica do mundo”.

Os jovens pacifistas dos anos 60, explica O’Neill, não lançavam invectivas racistas contra grupos minoritários nem exigiam a destruição em massa de um pequeno estado no estrangeiro.

Não se trata apenas de uma campanha política estudantil normal, com sua fanfarronice juvenil de “virtude megafonada”. Isso é só a superfície, por baixo do qual se desvela a velha intolerância contra os judeus e os novos sonhos genocidas de apagamento de Israel.

We don’t want no two states / We want all of it!’

A Columbia gritou: ‘We don’t want no two states / We want all of it!’ (‘Não queremos dois estados / Queremos tudo isso!’). Não é preciso ser um especialista em assuntos do Oriente Médio para decifrar esta exigência. É um apelo doentio para tomar todo o território de Israel – todo ele – e criar um novo Estado mais de acordo com os anseios israelofóbicos tanto dos ocidentais privilegiados como dos islamistas radicais.

O seu anseio pelo apagamento de Israel ficou ainda mais claro num grito seguinte: We don’t want no two states / We want ‘48!’ (Não queremos dois estados / Queremos ‘48!’) Isto é, 1948, uma época em que o moderno estado de Israel ainda não existia. Eles querem um mundo sem Israel. Eles querem destruir o lar nacional dos judeus”, explicou apropriadamente o editor chefe da Spiked. E continuou:

Isto não é anti-imperialismo, é uma exigência imperiosa dos privilegiados do Ocidente pela erradicação de um pequeno Estado que eles odeiam. Estas pessoas reclamam da “limpeza étnica” de Israel em Gaza, mas é a limpeza étnica que elas próprias desejam”.

Para o analista, o novo refrão escancara a mentira de que o famoso slogan ‘From the river to the sea, Palestine will be free’ (“Do rio ao mar, a Palestina será livre”), não seria um apelo à eliminação de Israel.

O acampamento de Columbia mostrou ainda como o ódio febril pela nação judaica transforma-se rapidamente em ódio aberto pelo povo judeu.

Quando os contramanifestantes apareceram agitando a bandeira de Israel, um dos agitadores “pró-Palestina” gritou: ‘cadelas aculturadas voltem para a Europa”. Os judeus foram insultados por fanáticos que gritavam “Voltem para a Polônia” ou “Queimem Tel Aviv” e, ainda ‘Vá, Hamas, nós amamos você’.

A crise da civilização ocidental

Para Brendan O’Neill nada capta melhor a crise da civilização ocidental do que “a visão de crianças de cabelo azul, fluidas de gênero, cantando louvores a um movimento que as atiraria de uma janela do último andar, se tivessem alguma oportunidade”.

O articulista acusa a elite midiática de ser complacente quando afirma que os gritos pró-Hamas que exigem a destruição de Israel são ocorrências raras num protesto que de outra forma seria pacífico. O argumento costumeiramente repetido de que são “apenas” algumas vozes as que celebram o 7 de outubro e aplaudem a violação, o rapto e o assassinato de judeus é criticado.

O fato de existirem tais vozes dentro e à volta de um dos mais altos centros de aprendizagem da América moderna deve ser visto como extremamente perturbador. Qualquer pessoa que se preocupe com o futuro da academia e com o futuro do Ocidente, deveria ficar alarmada com o fato de que em Columbia, a faculdade de Alexander Hamilton, de Amelia Earhart, de Barack Obama, se ouviu pessoas dizerem aos judeus: ‘7 de Outubro vai ser todos os dias para você.’ O presidente Biden está certo: isso é ‘antissemitismo flagrante’”, escreveu O´Neill e concluiu:

Este campo rançoso com os seus lampejos de ódio total aos judeus não é uma extensão do ativismo antiguerra de antigamente – é uma extensão do ódio pela civilização com qual os jovens foram inculcados nos últimos anos.

Para estes manifestantes, o Estado Judeu, e os próprios judeus, representam os valores ocidentais, a modernidade ocidental e, por isso, devem ser odiados. Israel tornou-se um saco de pancada moral para os filhos e filhas privilegiados, cujo ódio pelas suas próprias sociedades os levou à beira do precipício da razão e da decência.

Quão tolos fomos ao pensar que a educação poderia libertar os jovens da obscura ignorância do passado. Hoje em dia, foram os mais instruídos, os habitantes da academia, que permitiram que o ódio mais antigo do mundo os dominasse.

Podemos agora ver as consequências de ensinar os jovens a serem cautelosos em relação à civilização ocidental e a tratar tudo o que é “ocidental” como suspeito e perverso.

Tudo o que lhes resta é a atração da barbárie, a crença demente de que até a selvageria pode tornar-se louvável se o seu alvo for “o Ocidente”.

Se os acontecimentos na Colômbia não nos acordarem para a crise da civilização, nada o fará”.

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