Lula investe na saúde (do próprio governo)
Ministério da Saúde vai receber atenção especial do marqueteiro Sidônio Palmeira, escalado para melhorar a comunicação (e a popularidade) do governo Lula
Escalado para melhorar a comunicação (e a popularidade) do governo Lula, o marqueteiro Sidônio Palmeira dará atenção especial para o desgastado Ministério da Saúde, informa o Estadão.
“O diagnóstico do Palácio do Planalto é que a saúde tornou-se uma vulnerabilidade para o governo, no mesmo nível da segurança pública, diante do surto de dengue e do caos nos hospitais federais do Rio. Para interlocutores do presidente, melhorar a popularidade da ministra pode livrá-la da artilharia do Centrão”, diz o jornal.
O cargo da ministra Nísia Trindade (na foto com Zé Gotinha) está em xeque há meses, pelos desentendimentos entre seu Ministério e os parlamentares federais, que esperavam outra velocidade na liberação de verbas. A utilização da Pasta como balcão para a compra de apoio político levou à decisões sobre o repasse de 4,07 bilhões de reais em apenas 7 dias.
Logomarca
“Nesse freio de arrumação na pasta, que inclui mudanças na equipe, está no forno uma proposta de ajuste no repasse a Estados e municípios para o custeio de médicos especialistas. A ideia é estabelecer em contrato a obrigação de governadores e prefeitos incluírem a logomarca do Ministério da Saúde quando divulgarem a iniciativa. Procurada, a pasta não comentou”, diz o Estadão, ressalvando que o Ministério não confirmou a informação.
Lula tem na agenda uma entrevista ao lado da ministra às 10h desta segunda-feira, 8, como demonstração de confiança. As cobranças do presidente nas reuniões convocadas para estudar formas de melhorar sua popularidade levaram Nísia às lágrimas.
Amor e tesão
Acionado para tentar melhorar a avaliação do governo, Sidônio Palmeira, que atuou na campanha de Lula em 2022, já cobrou mais “amor” e “tesão” em reunião convocada pelo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, com representantes de nove ministérios, da Caixa e do Banco do Brasil.
“Comunicação sem amor, vontade, tesão, sem brilho não vai a lugar nenhum”, afirmou Palmeira aos presentes.
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