Deputado cobra Silvio Almeida após acusação de exploração infantil na ilha de Marajó
O deputado Josenildo Abrantes (PDT-AP) protocolou um requerimento de informações junto ao Ministério dos Direitos Humanos para cobrar explicações sobre denúncias de exploração sexual na ilha
O deputado Josenildo Abrantes (PDT-AP) protocolou um requerimento de informações junto ao Ministério dos Direitos Humanos para cobrar explicações sobre denúncias de exploração sexual na Ilha de Marajó, no Pará. O documento foi endereçado ao ministro Silvio Almeida.
“A gravidade dessa situação requer ação imediata e incisiva por parte deste ministério. Diante desse contexto, solicito encarecidamente que inicie imediata investigação junto com os outros órgãos competentes, estabeleça ações preventivas e educativas, visando combater a exploração sexual infantil na região, e assegurar o apoio integral às vítimas, com a devida proteção de seus direitos”, argumenta o deputado.
Acusações de exploração sexual infantil na Ilha de Marajó voltaram a repercutir nas redes sociais nos últimos dias, após a cantora paraense
Aymeê denunciar a situação, novamente, em um reality show gospel chamado Dom Reality. Na apresentação, a cantora criticou a apatia da população brasileira diante da calamidade pública que denunciou.
“Jesus me fala que às vezes nós, cristãos, terceirizamos muito para o governo o que é de responsabilidade nossa, como cristãos”, concluiu a jovem cantora.
Aymeê não é a primeira pessoa a falar publicarmente da situação na Ilha de Marajó, região com 12 municípios e cerca de 500 mil habitantes. Em 2006, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados abriu uma investigação para apurar o assunto.
À época, documentos revelaram o envolvimento de políticos locais nos casos, com aliciadores levando crianças para se prostituirem em Belém e na Guiana Francesa. Muitos municípios da região convivem com a pobreza e a miséria, um deles, inclusive, tem o pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil.
Damares fez denúncia sobre a Ilha de Marajó
Em 2022, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, denunciou a exploração na ilha durante um culto evangélico. Damares chegou a dizer que crianças na região teriam dentes removidos para facilitar abusos sexuais.
A fala da ministra, na época, gerou polêmicas. Autoridades do Pará, incluindo o Ministério Público, pediram que Damares fonercesse provas do que estava falando, mas estas não foram enviadas. Após isso, 19 procuradores da República solicitaram uma ação civil pública contra a ministra.
Damares e a União chegaram a ser solicitadas para indenizarem a população do Arquipelágo de Marajó (PA) em R$ 5 milhões por ter disseminado informações falsas.
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