Uma pulga desempregada atrás da orelha com o IBGE de Pochmann
Taxa de desemprego ficou em 7,4% no trimestre encerrado em dezembro de 2023, de acordo com o IBGE, mas o esperado era 7,6%
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comandado por Marcio Pochmann, divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
A taxa de desemprego ficou em 7,4% no trimestre encerrado em dezembro de 2023. O esperado era 7,6%, contra a taxa anterior de 7,5%.
Com as recentes controvérsias de Pochmann, a aparente boa notícia deixou uma pulga atrás da orelha.
A mais recente confusão envolve a inflação. A divulgação do resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA 15) em janeiro foi antecipado em uma hora na última sexta-feira (26). O dado vazou às 8h, antes do horário oficial das 9h.
O IBGE justificou que um problema técnico adiantou o processo.
“O IBGE relata que, diante de um problema técnico computacional de horários em seus equipamentos servidores, este processo, que é automático, acabou sendo adiantado em uma hora”, afirmou o instituto na ocasião.
Era Pochmann
O IBGE é comandado desde agosto por Pochmann, indicado pelo presidente Lula.
A escolha gerou severas críticas de analistas que enxergam no economista um perfil intervencionista demais para a função de presidente do IBGE.
A indicação — muito mais uma imposição de Lula — causou desconforto no governo e incomodou os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento).
Nos bastidores, eles consideram Pochmann um ideólogo radical e temem que isso atrapalhe a política econômica do governo.
Antes de ingressar no órgão, o economista esteve à frente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de 2007 a 2012.
O ideólogo desenvolvimentista critica o que chama de “deformas” trabalhista e previdenciária, o “receituário neoliberal” do Banco Central e a “privatização neoliberal” da Eletrobras — quatro fatores de melhora da nota de crédito do Brasil.
O presidente do instituto é um defensor do aumento de gastos públicos, com esse histórico, turbinou a preocupação não só em relação à responsabilidade fiscal, mas também à manipulação de dados.
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