Pochmann investiga vazamento de Pochmann
O vazamento dos números do IPCA -15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15) será investigado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O vazamento dos números do IPCA -15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15) será investigado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados estavam disponíveis no Sidra (Sistema IBGE de Recuperação Automática) a partir das 8h desta sexta-feira, 26, embora o calendário oficial indicasse o horário de divulgação para 9h. Minutos antes do agendado, porém, as informações sumiram para voltar a aparecer pontualmente às 9h.
De acordo com nota divulgada pelo instituto, “a área técnica do IBGE responsável está verificando o ocorrido para as devidas providências“. Sobreo o problema em si, o órgão apontou que houve “um problema técnico computacional de horários em seus equipamentos servidores, este processo, que é automático, acabou sendo adiantado em uma hora”, explica o documento.
Isonomia
O vazamento interfere sensivelmente na isonomia de informação e pode prejudicar ou beneficiar determinados grupos econômicos. Os números circularam em diversos grupos de conversas de gestores de fundos de investimentos e economistas. O erro causou confusão entre operadores de mercado, até a confirmação do dado oficial.
Em diversos grupos de bate-papo de corretoras de valores, funcionários avisavam que estavam recebendo indagações sobre o número e se estaria correto, uma vez que o dado apontava para alta de 0,31% na leitura mensal, contra uma expectativa de 0,47%.
Em conversas mais reservadas, muitos reclamavam do ocorrido e culpavam o atual presidente do Instituto, Marcio Pochmann (à direita na foto). “IBGE colocou o IPCA no Sidra uma hora antes do horário oficial de divulgação…depois tiraram do site. Padrão Pochmann“, pontuava um. Dúvidas sobre se a ação teria sido intencional também alimentaram os receios do mercado financeiro.
Ideologia
O indicação do atual presidente da instituição tem sido alvo de controvérsia desde a primeira vez em que o nome começou a circular. Pochmann foi duramente criticado por economistas como Edmar Bacha, que presidiu o IBGE no anos 80. “Pochmann é um ideólogo. Tem uma visão totalmente ideológica da economia. E não terá problema de colocar o IBGE a serviço dessa ideologia, como fez no Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Estou ofendido como ex-presidente do IBGE”, afirmou à época.
A desconfiança de agentes econômicos e políticos com Pochmann tem base na passagem dele pelo Ipea entre 2007 e 2012, quando foi acusado de aparelhamento do órgão e perseguição a pesquisadores que não rezavam a cartilha do PT.
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