Crusoé: “PSDB mineiro ensaia entrar no trem de Pacheco”
Presidente estadual do PSDB de Minas Gerais, o deputado federal Paulo Abi-Ackel (foto) defendeu que o partido —que tem no estado uma de suas bases mais fortes— se afaste do governador Romeu Zema (Novo) e busque uma candidatura de viés liberal com outros nomes...
Presidente estadual do PSDB de Minas Gerais, o deputado federal Paulo Abi-Ackel (foto) defendeu que o partido —que tem no estado uma de suas bases mais fortes— se afaste do governador Romeu Zema (Novo) e busque uma candidatura de viés liberal com outros nomes. Entre eles, cogita-se o do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).
“Vejo algumas convergências na forma de enxergar os problemas de Minas”, disse Abi-Ackel, em entrevista à rádio O Tempo. A admiração que ele diz sentir pelo senador, que viria desde o tempo que ambos eram advogados, ainda abre espaço para alguma divergência, como a proximidade com o PT, que ele vê como indesejada.
Mas, em prol de uma candidatura, Abi-Ackel acredita que “nós temos que tentar construir alguma coisa, pela boa política.”
Por isso, seria o caso de um afastamento progressivo do barco de Romeu Zema. “[O Estado] tal qual o grupo do governador Zema imagina é impossível, é utópico, principalmente renegando a política e se autointitulando não-político”, reclamou o líder partidário à rádio. Entre essas escorregadas, nenhuma é mais difícil de aceitar para o PSDB que a inação do governador do Novo ao negociar o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do estado, fruto de uma dívida que nem foi paga, nem negociada em seu governo.
Quando Zema foi em uma viagem à China e ao Japão, no fim do ano passado, que a classe política mineira deu o bote: Pacheco levou uma proposta paralela ao governo federal, e seria um dos responsáveis por costurar os acordos para a extensão do prazo no Supremo Tribunal Federal (STF) — que aí sim Zema comemorou.
“Como vai discutir o RRF sem conversar com o presidente da República?”, questionou Abi-Ackel. “O governador de Minas tem que conversar é com o presidente da República, não pode conversar com o segundo ou terceiro escalão do governo.”
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