Felippe Hermes na Crusoé: A magia e a contabilidade do governo
Em sua coluna da edição 286 da Crusoé, Felippe Hermes destaca todas as promessas de campanha do governo Lula que na síntese do presidente, era garantir a "picanha e cervejinha", mas dez meses se passaram e a conversa agora é outra, a realidade é, sem surpresas, muito mais complexa do que a propaganda política...
Em sua coluna da edição 286 da Crusoé, Felippe Hermes destaca todas as promessas de campanha do governo Lula que na síntese do presidente, era garantir a “picanha e cervejinha”, mas dez meses se passaram e a conversa agora é outra, a realidade é, sem surpresas, muito mais complexa do que a propaganda política.
Sob o novo governo, o Teto de Gastos que impedia investimentos em saúde e educação seria derrubado. O PPI que explorava o consumidor e favorecia os acionistas da Petrobras (aqueles estrangeiros vilões que compraram ações da empresa em 2010, durante o governo Temer -2, ou FHC 4), seria derrubado.
Passados dez meses de governo, a conversa mudou. O governo anunciou que não conseguirá cumprir os mínimos constitucionais em saúde, o que obrigaria a aumentar os gastos (ou investimentos, na novilíngua contábil), em cerca de R$ 20 bilhões.
Também ficou evidente que o Preço de Paridade de Importação (PPI) e a Petrobras importam, e muito, para as contas públicas.
A estimativa do governo dá conta de que a queda no preço do petróleo irá reduzir em R$ 57 bilhões os impostos pagos pela Petrobras. Isto equivale a seis vezes o que o governo espera arrecadar com o “imposto da Shein”, ou ainda, o total que se poderia arrecadar em impostos sobre dividendos (supondo que os ricos fossem trouxas e continuassem a operar como antes, aceitando o imposto sem reclamar).
A realidade é, sem surpresas, muito mais complexa do que a propaganda política.
Brincar com a Petrobras para agradar o eleitorado de classe média, como fez Dilma, pode custar muito caro ao governo.
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