Ruy Goiaba, o Carnaval e a liberdade de expressão
Ruy Goiaba, na Crusoé: "Já falei mal de Carnaval por aqui e expliquei que só gosto dele como ideia. Talvez ficasse mais claro se eu fizesse um meme daqueles do tipo 'expectativa X realidade' que circulam pelas redes sociais. Expectativa (foto do Chico Buarque alegrão): uma festa dionisíaca, repleta de bacantes peladas. Realidade (foto do Chico Buarque tristão): multidão de bêbados chatos e suados, música ruim, briga física por motivos 100% estúpidos, furto em massa de celulares e aquele cheirinho gostoso de ureia que emana dos hectolitros de mijo na rua..."
Ruy Goiaba, na Crusoé:
“Já falei mal de Carnaval por aqui e expliquei que só gosto dele como ideia. Talvez ficasse mais claro se eu fizesse um meme daqueles do tipo ‘expectativa X realidade’ que circulam pelas redes sociais. Expectativa (foto do Chico Buarque alegrão): uma festa dionisíaca, repleta de bacantes peladas. Realidade (foto do Chico Buarque tristão): multidão de bêbados chatos e suados, música ruim, briga física por motivos 100% estúpidos, furto em massa de celulares e aquele cheirinho gostoso de ureia que emana dos hectolitros de mijo na rua.
Não é exatamente minha ideia de paraíso, o que explica por que sou o fundador e único integrante do Derrida ou Desce, o bloco carnavalesco mais desconstruído do Brasil: o último Carnaval, por exemplo, eu ‘pulei’ em casa com meu abadá do Leonard Cohen, compositor notório pela alegria contagiante de suas músicas (só que ao contrário). Ainda assim, a tradição secular nos informa que o Carnaval era uma festa pagã que precedia a Quaresma, um ritual coletivo que subvertia papéis sociais, uma inversão de todas as regras e normas cotidianas etc.
O verbo está no passado de propósito: ‘era’, porque os dionisíacos de hoje têm de seguir inúmeras regrinhas se quiserem pular Carnaval e continuar sendo reconhecidos como CIDADÃOS DE BEM.”
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