Você sabe o que Lula falou sobre o caos no Haiti?
Afinal, o Haiti, país no Caribe, está mergulhado num caos profundo — e isso que o Brasil passou mais de década com suas forças de paz por lá
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Realmente fiz essa pergunta como provocação nas redes sociais. O Lula já falou sobre o Haiti? Afinal, o país vizinho está mergulhado num caos profundo e o Brasil passou mais de década com suas forças de paz por lá.
As gangues tomaram as ruas e o poder. Libertaram mais de 4 mil criminosos da cadeia. Controlam escolas, postos de saúde e bloqueios. O presidente renunciou. Dias antes, o líder do G19, o conjunto de gangues, havia prometido uma guerra civil e um genocídio caso a renúncia não acontecesse.
E Lula está calado? Não, não está. E esse ponto é muito importante. Mesmo quando ele fala sobre o tema as pessoas não lembram. As falas estapafúrdias têm marcado muito mais.
Ninguém lembra
No último dia 29 de fevereiro, o presidente se pronunciou sobre a questão do Haiti. Alertou da necessidade de ações rápidas e até anunciou uma ajuda ao país. Só que ninguém lembra. Nem os apoiadores dele lembraram. Fazem a defesa tentando justificar que ele não é obrigado a falar de tudo ou que eu implico com o presidente. Poderiam ter esfregado na minha cara que ele falou sim. Nem sabem.
Mesmo para quem apoia Lula, a atuação internacional que está marcada é a antissemita e estapafúrdia. Uma insistência no antissemitismo que já tem efeitos importantes em seus apoiadores.
Esta semana, o nome do nosso presidente esteve na boca da Enviada Especial do Departamento de Estado dos EUA para monitorar e combater antissemitismo. Debora Lipstadt é uma figura histórica, marcada pelo corajoso enfrentamento a um negacionista do Holocausto na justiça do Reino Unido, um fato histórico do século passado.
Antissemitismo
Pois bem, Debora Lipstadt citou o nome de Lula num depoimento ao Congresso dos Estados Unidos dizendo que nosso presidente fez declarações antissemitas.
Os arroubos de Lula ficam marcados. Seja essa insistência com Israel e com a distorção do conceito de genocídio ou a passação de pano para amigos ditadores. Essas declarações empolgam a militância mais radical, mas também queimam o filme do Brasil no exterior.
O fato é que nosso país já foi protagonista regional na questão do Haiti. Foi o primeiro governo Lula que nos colocou no comando das forças de paz no país. Quem estava na mesa de negociação convocada para tratar do tema, além dos países do Caribe, eram os Estados Unidos. Até o distante Quênia recebeu o agora deposto presidente haitiano para tentar intervir na questão.
Elogio do Hamas
O Brasil tem uma imagem internacional de neutro e pacífico que não combina com as últimas falas do presidente Lula. O comportamento do nosso mandatário também não ajuda. Diz que quer paz, mas é elogiado pelo Hamas. Diz que vai defender a democracia, mas passa pano para Maduro. Parece saber com detalhes tudo o que ocorre no Oriente Médio, mas dá a impressão de não estar tão informado sobre a nossa região.
O irônico é que o comportamento recente vem dessa busca de se colocar como um líder de patamar internacional e reconhecido pela promoção da paz. O fruto tem sido justamente o oposto. A obsessão de Lula pelo reconhecimento internacional saiu pela culatra.
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