Terceira Via é miragem em deserto político
É louvável o esforço individual de Luciano Bivar em tentar costurar uma candidatura única contra Lula e Jair Bolsonaro. Frise-se: esforço individual. Sim, pois não há mais ninguém no comando da União Brasil a fim de bancar uma Terceira Via com Sergio Moro como cabeça de chapa...
É louvável o esforço individual de Luciano Bivar em tentar costurar uma candidatura única contra Lula e Jair Bolsonaro. Frise-se: esforço individual. Sim, pois não há mais ninguém no comando da União Brasil a fim de bancar uma Terceira Via com Sergio Moro como cabeça de chapa.
E agora sabemos que há quem defenda uma aproximação Ciro Gomes, aquele que receberia Moro a bala nos tempos da Lava Jato. Certamente, o objetivo é garantir o fiasco total da iniciativa bivarista.
Não é novidade que caciques da novo partido, fruto da fusão entre DEM e PSL, já fecharam seus palanques em acordos bilaterais com as campanhas lulista e bolsonarista. Não é exclusividade, tampouco.
O mesmo ocorre dentro do próprio Podemos, que deveria ser o primeiro a defender o nome do ex-juiz, mas o boicota diariamente.
O fogo amigo também virou uma espécie de política oficial no PSDB, rachado entre João Doria e Eduardo Leite. No PDT, Ciro não encontra o apoio necessário. No MDB, a pré-candidatura de Simone Tebet é vista por vários dirigentes como mero exercício de vaidade. Tem data para terminar e orçamento restrito.
Ou seja, as pré-candidaturas da chamada Terceira Via não existem na prática, se são inviáveis dentro da estrutura partidária. Enquanto isso, Lula é tratado como liderança inquestionável no PT e suas adjacências, assim como Bolsonaro é o cavalo selado do Centrão para manter o poder.
O eleitor, único capaz de impor às legendas um candidato alternativo aos extremos, não vai às ruas, nem mesmo às redes sociais como já fez em passado recente. Parece prostrado neste deserto político.
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