Não há saída para o eleitor
Ouvi de um cacique da União Brasil, homologada ontem pelo TSE, que João Doria delegou a Bruno Araújo a missão de buscar uma aproximação com a nova legenda, já em avançada negociação com o MDB de Simone Tebet para forjar uma coligação. O objetivo é inserir o PSDB no grupo e tentar fortalecer sua candidatura presidencial - sua, no caso, a do próprio Doria...
Ouvi de um cacique da União Brasil, homologada ontem pelo TSE, que João Doria delegou a Bruno Araújo a missão de buscar uma aproximação com a nova legenda, já em avançada negociação com o MDB de Simone Tebet para forjar uma coligação.
O objetivo é inserir o PSDB no grupo e tentar fortalecer sua candidatura presidencial – sua, no caso, a do próprio Doria.
Ninguém em sã consciência (na União, no MDB ou no PSDB), porém, acredita que o governador tucano possa superar a “altíssima rejeição” que o limita aos 3% das intenções de voto. Tampouco há quem aposte numa reviravolta que torne Tebet um nome com apelo popular.
Matematicamente, a candidatura de Sergio Moro seria a única a oferecer uma mínima chance de segundo turno. Mas, com exceção de uma meia dúzia, ninguém mais quer. Dizem que Moro “não é confiável, não sabe fazer política e passará a campanha sangrando” com a ofensiva judicial que está curso.
A verdade, hoje, é que os dirigentes desses três partidos preferem perder a campanha presidencial a se aliar ao ex-juiz da Lava Jato, que também é alvo de fogo amigo no próprio Podemos.
Essa verdade tem sido repetida em todos os encontros partidários e foi pauta, ontem, da reunião da cúpula da União. Sobre a aproximação de Doria, cuja candidatura também é bombardeada internamente no PSDB, o que se ouviu foi que o tucano busca “uma saída honrosa” para si.
O eleitor, porém, está sem saída.
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