Não acredito em bruxas, nem em agências de rating Não acredito em bruxas, nem em agências de rating
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Não acredito em bruxas, nem em agências de rating

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Rodrigo Oliveira
2 minutos de leitura 26.07.2023 16:34 comentários
Economia

Não acredito em bruxas, nem em agências de rating

Em janeiro deste ano, pouco tempo depois de tomar posse, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou em entrevista que o Brasil voltaria a ser grau de investimento antes que o terceiro mandato de Lula acabasse...

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Rodrigo Oliveira
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Não acredito em bruxas, nem em agências de rating
Ilustração/Freepik

Em janeiro deste ano, pouco tempo depois de tomar posse, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou em entrevista que o Brasil voltaria a ser grau de investimento antes que o terceiro mandato de Lula acabasse. À época, parecia apenas o natural otimismo pós-eleitoral. Mas, agora, alguns até poderiam achar que Ceron realmente soubesse sobre o que estava falando.

As agências de rating atribuem notas ao risco de crédito dos países, e o tal grau de investimento habilita alguns tipos de investidores a fazer aportes em ativos relacionados ao país em questão — é uma espécie de selo de bom pagador. O Brasil passou a ser grau de investimento em 2008 e perdeu o selo de qualidade em 2014, com as graças da heterodoxia econômica de Dilma Rousseff e companhia.

Recentemente, as agências voltaram a melhorar a nota do Brasil. Ainda faltam entre duas e três revisões para o grau de investimento (dependendo de qual certificadora considerarmos), mas é fato que a perspectiva dessas empresas melhorou. Por quê? Ah, o arcabouço fiscal. Isso, aquele mesmo que ainda não existe e é apenas um projeto em tramitação no Congresso. A medida faz parte da evolução fiscal do Brasil nos últimos meses. Sim, o mesmo país que piorou a saúde das contas públicas nesse período.

O que chama a atenção, além disso, é o timing, como o mercado financeiro gosta de se referir ao momento em que decisões são tomadas. As duas revisões que as notas de risco de crédito receberam nste ano foram apresentadas exatamente na quarta-feira anterior a uma reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).

Em 14 de junho, a S&P Global Ratings melhorou a perspectiva da avaliação brasileira de neutra para positiva. Exatamente na quarta-feira anterior à reunião do Banco Central para definição da taxa Selic no dia 21 de junho. Agora, a Fitch revisa a nota brasileira de BB- para BB. Exatamente na quarta-feira anterior ao Copom de 3 de agosto.

Não gosto de teorias da conspiração. Mas, como diz o ditado: não acredito em bruxas, nem em agências de risco.

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Rodrigo Oliveira

Jornalista pela UnB (Universidade de Brasília), pós-graduado em Marketing &amp; Mídias Digitais pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e especializado em finanças e negócios. É Analista de Valores Mobiliários (CNPI) certificado pela Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) com quatro anos de experiência profissional no mercado financeiro.

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